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Nova defesa de médica investigada por morte de Benício nega erro no primeiro atendimento
Advogados de Juliana Brasil Santos afirmam que conduta inicial foi adequada e atribuem falhas a cuidados intensivos na UTI, envolvendo técnica de enfermagem e equipe de intubação
30/12/2025 às 13:54por Redação Plox
30/12/2025 às 13:54
— por Redação Plox
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A médica Juliana Brasil Santos, investigada pela morte do menino Benício Xavier, no Amazonas, trocou de equipe de defesa. Os advogados Sérgio Figueiredo e Bruno Mezzadri assumiram oficialmente o caso e sustentam que a profissional não cometeu erro médico no atendimento prestado à criança.
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Foto: Arquivo Pessoal)
A mudança na representação jurídica foi confirmada nesta segunda-feira (29), durante entrevista ao programa Tá Na Hora Amazonas, da TV Norte Amazonas. Juliana é suspeita de ter prescrito adrenalina por via intravenosa, conduta que segue sob investigação da Polícia Civil do Amazonas.
Nova defesa contesta suspeita de erro médico
De acordo com os novos advogados, a conduta adotada por Juliana Brasil teria sido compatível com o quadro clínico apresentado por Benício no primeiro atendimento. A orientação médica inicial, afirmam, estaria em consonância com o estado em que o paciente se encontrava naquele momento.
A defesa argumenta que eventuais falhas teriam ocorrido apenas depois dessa etapa inicial, já na fase em que o menino passou a ser assistido pela equipe responsável pelos cuidados intensivos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Responsabilidade é direcionada à equipe da UTI
Na tese apresentada pela nova defesa, parte decisiva do desfecho do caso estaria relacionada a problemas na execução dos procedimentos na UTI. Os advogados apontam a atuação da técnica de enfermagem Raiza Bentes Paiva e de outros profissionais envolvidos no processo de intubação como foco das falhas técnicas alegadas.
Segundo os defensores, a prescrição de Juliana não teria sido seguida de forma correta e protocolos considerados essenciais não teriam sido observados durante os procedimentos realizados no setor de terapia intensiva.
Advogados rebatem suspeitas de falsidade ideológica
Além da discussão sobre a conduta médica, a nova defesa também se posicionou sobre as acusações de falsidade ideológica e uso de documento falso, que podem resultar no indiciamento de Juliana. Os advogados afirmam que ela não se apresentou de maneira indevida como especialista, mas apenas informou sua área de atuação no setor em que trabalhava.
A equipe jurídica ressalta que a médica possui especialização em Medicina da Família, formação que, segundo a linha de argumentação, a habilita a atender pacientes de diferentes faixas etárias, incluindo o público infantil.
Médica se coloca à disposição das autoridades
Na mesma entrevista, a defesa afirmou que Juliana Brasil permanecerá colaborando com as autoridades e não pretende se afastar do andamento das investigações.
Ao encerrar a manifestação pública, os advogados destacaram que a médica demonstra solidariedade à família de Benício e confia que os fatos serão esclarecidos ao longo do inquérito policial, à medida que as diligências forem concluídas.