Alerta da OMS sobre aumento de medicamentos falsificados inclui Ozempic

Anvisa identifica lote irregular do medicamento no Brasil, em meio à preocupação global

Por Plox

31/01/2024 15h55 - Atualizado há 6 meses

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre a crescente problemática dos medicamentos falsificados, uma questão que se tornou global, afetando principalmente países de baixa e média renda. Desde setembro de 2021, houve um aumento de 101% nos insumos médicos em falta em dois ou mais países, segundo a entidade. A OMS destaca que a escassez de medicamentos é um fator chave para o surgimento de remédios falsificados ou de qualidade inferior, levando muitas pessoas a buscarem alternativas através de meios não oficiais, como a internet.

Foto: Divulgação

Foco na Escassez do Ozempic

Um exemplo específico citado pela OMS é a escassez global, observada em 2023, de medicamentos para tratamento de diabetes tipo 2 e perda de peso, como a semaglutida, princípio ativo do Ozempic. O Ozempic, uma caneta de aplicação na pele para controle do apetite, tem enfrentado problemas de fornecimento, incentivando a circulação de versões falsificadas do produto. A OMS enfatizou o impacto negativo dessa escassez no acesso a produtos médicos, criando um espaço preenchido por medicamentos falsos e aconselhou os pacientes a comprarem medicamentos somente de fornecedores autorizados e regulamentados, alertando sobre os riscos associados ao fornecimento de produtos médicos através de canais não autorizados.

Ação da Anvisa no Brasil

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) identificou um lote irregular do Ozempic no Brasil. A Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil Ltda, empresa detentora do registro do medicamento, detectou unidades com características divergentes do medicamento original e comunicou à Anvisa. O lote identificado como irregular é o MP5A064. A OMS ressalta que os produtos médicos falsificados não só são ineficazes, mas também podem causar reações tóxicas. Eles não são aprovados nem controlados pelas autoridades competentes e podem ter sido produzidos em condições inadequadas, contendo impurezas desconhecidas e estarem contaminados com bactérias.

 


 

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