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Economia

CSN ataca prefeito de Ipatinga que afirmou "é preciso defender Usiminas contra ameaça da CSN"

Empresa diz que “adotará todas as medidas cabíveis contra essa postura de tentar macular” a sua imagem

31/01/2025 às 11:00 por Redação Plox

A polêmica em torno de uma multa bilionária envolvendo acionistas da Usiminas ganhou novo capítulo após a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) reagir duramente às declarações feitas pelo prefeito de Ipatinga, Minas Gerais, Gustavo Nunes. Ele convocou os demais prefeitos do estado a se unirem para defender a Usiminas contra o que chamou de "ameaça" representada pela CSN. Em nota enviada ao PLOX, nessa quinta-feira(20), a companhia rebateu veementemente as declarações do prefeito e afirmou que “adotará todas as medidas cabíveis contra essa postura de tentar macular a imagem da empresa”.

Benjamin Steinbruch, presidente da CSN e Gustavo Nunes, prefeito de Ipatinga-MG / Foto: reprodução

Na nota, a CSN chega a afirmar que “o prefeito de Ipatinga, Gustavo Nunes, está equivocado e presta um desserviço à população de Ipatinga e de Minas Gerais ao endossar as mentiras da empresa ítalo-argentina Ternium.”

A dura reação da CSN se deu em função das falas do prefeito durante um evento da Associação Mineira de Municípios (AMM). Ele disse aos demais prefeitos que, desde 2011, a CSN tenta obter da Ternium uma quantia a título de indenização, porque naquele ano a Ternium adquiriu ações da Usiminas e, conforme pleiteado pela CSN, ela deveria ter recebido uma oferta pública de aquisição (OPA), pois teria havido mudança de controle da USIMINAS.

O prefeito reiterou que a pretensão da CSN foi desqualificada pela CVM em mais de uma oportunidade. O juízo de primeira instância julgou o pedido da CSN improcedente, entendendo que não ocorreu alienação de controle que justificasse a OPA. A CSN recorreu da decisão, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a sentença contra a CSN, concordando que não houve alienação de controle acionário que exigisse a OPA.

A CSN interpôs recurso no STJ que também decidiu que a compra de ações da Usiminas pelo grupo Ternium não resultou na obrigatoriedade de realizar a OPA. Contudo, após a seguinte sequência: embargos de declaração apresentados pela CSN, a morte de um ministro, que havia votado contra a CSN e a substituição de outros dois, a nova composição da Corte contrariou todos os entendimentos anteriores e decidiu que a Ternium deveria indenizar a CSN em aproximadamente R$5 bilhões.


O prefeito argumentou que se a Ternium for mesmo obrigada a pagar essa indenização teria seus recursos para investir na Usiminas diminuídos e a que a decisão de beneficiar a CSN afugentaria investimentos em Minas Gerais e no Brasil, face à insegurança jurídica trazida por essa “reviravolta” em meio a essa cifra tão grande e a essa decisão tão “surpreendente”
A nota da CSN afirma que o prefeito estaria endossando “mentiras da Ternium” ao afirmar que não terá condições de investir na Usiminas se for obrigada a pagar a condenação imposta pelo STJ.  A CSN diz que a Ternium “esconde que, somente em 2023, faturou US$ 17,6 bilhões (mais de R$ 105 bilhões) apenas no segmento do aço na América Latina. Com isso, pode pagar a indenização em mais de 20 vezes”, afirmou em um trecho da nota.
A empresa também afirma que a disputa judicial não envolve a Usiminas diretamente e que a siderúrgica não corre risco de fechamento ou de prejuízo financeiro.
O PLOX conversou com representantes de várias entidades de classe que endossam um manifesto contra a aplicação da multa. Dentre eles, o prefeito de Santana do Paraíso Bruno Morato, assim como de diversas cidades da região, representantes do comércio, deputados estaduais e federais, dentre outros. Moradores da região também temem que os investimentos na reestruturação da Usiminas sejam prejudicados e que haja danos à economia local e do estado. A reforma do Alto Forno, já em operação, é um dos investimentos citados como de muitos benefícios, assim como as ações em defesa do meio ambiente, saúde e educação.

 

Veja a nota da CSN na integra:


Nota à imprensa – Prefeito de Ipatinga desinformado

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) repele as declarações do prefeito de Ipatinga, Gustavo Nunes (PL), que convocou – em evento da Associação Mineira de Municípios (AMM) – outros prefeitos para que façam coro à defesa da Usiminas, já que, segundo Nunes, a empresa está envolvida em uma batalha judicial contra a CSN, que pode terminar com o fechamento da indústria no município.

Não é verdade e a CSN adotará todas as medidas cabíveis contra essa postura de tentar macular a imagem da empresa e para que prevaleça a verdade.

O prefeito de Ipatinga, Gustavo Nunes, está equivocado e presta um desserviço à população de Ipatinga e de Minas Gerais ao endossar as mentiras da empresa ítalo-argentina Ternium.

Desde que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, em favor da CSN, em último grau recursal, ação mantida contra a Ternium, esta empresa estrangeira, numa iniciativa covarde, tenta envolver a Usiminas numa disputa da qual jamais participou. A Ternium vem demonstrando não ter qualquer preocupação com os efeitos nefastos que essa atitude pode acarretar tanto para a Usiminas, quanto para seus colaboradores e toda a população do Vale do Aço que, direta ou indiretamente, dependem da empresa.

Em absoluta desfaçatez, o grupo estrangeiro mente que não terá condições de investir na Usiminas se for obrigado a pagar a condenação imposta pelo STJ. Esconde que, somente em 2023, faturou US$ 17,6 bilhões (mais de R$ 105 bilhões) apenas no segmento do aço na América Latina. Com isso, pode pagar a indenização em mais de 20 vezes. Ou seja, só não investirá na Usiminas caso não esteja entre as prioridades do grupo estrangeiro, como parece mesmo não estar.

Importante ressaltar que a CSN conta com mais de 10,5 mil funcionários e paga mais de R$ 1 bilhão em salários e encargos por ano. A companhia contribui com mais de R$ 516 milhões em tributos para o Estado de Minas Gerais e está presente em 11 municípios mineiros: Arcos, Barbacena, Barroso, Congonhas, Contagem, Montes Claros, Ouro Preto, Pedro Leopoldo, Perdizes, Rio Acima e Uberlândia.

Ao invés de mentir para gerar insegurança aos colaboradores da Usiminas, a Ternium deveria tratá-los com mais respeito, não deixando-os na imprevisibilidade do estado de greve em que se encontram. Deveria buscar o diálogo e abandonar a arrogância; ser mais transparente com a comunidade e não se utilizar de “manifesto” desmentido pela própria Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG).

Deveria ser mais respeitosa com o Poder Judiciário e com as instituições brasileiras. Deveria ser mais mineira e menos estrangeira.

Companhia Siderúrgica Nacional - CSN

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