Entregadores paralisam atividades em 59 cidades por melhores condições
Greve nacional atinge serviços como iFood, Uber Flash e 99; manifestações ocorrem em 19 capitais
Por Plox
31/03/2025 08h29 - Atualizado há 1 dia
Entregadores de aplicativos iniciaram nesta segunda-feira (31) uma paralisação nacional que se estende até a terça-feira (1). O movimento, que ocorre simultaneamente em pelo menos 59 cidades do país, reivindica melhores condições de trabalho em serviços de delivery operados por plataformas como iFood, Uber Flash e 99.

Entre as principais pautas da greve estão a fixação de uma taxa mínima de R$ 10 por entrega, o reajuste da remuneração por quilômetro rodado — de R$ 1,50 para R$ 2,50 —, além da limitação do uso de bicicletas a um raio de três quilômetros por corrida. Outra reivindicação dos entregadores é o pagamento integral de cada pedido, mesmo quando múltiplas entregas são agrupadas em uma única rota.
Além da suspensão dos serviços, estão previstas manifestações nas ruas em pelo menos 19 capitais brasileiras, incluindo Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Maceió, Manaus, Fortaleza, Belém, Goiânia, Distrito Federal, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Florianópolis, Curitiba, Porto Velho, Cuiabá e São Luís.
Em São Paulo, o grupo de entregadores se reunirá às 10h na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, com deslocamento previsto até a sede do iFood em Osasco. Durante o trajeto, uma parada simbólica está programada para o meio-dia no vão livre do Masp, na Avenida Paulista.
A paralisação ocorre após o fracasso nas negociações entre governo, trabalhadores e empresas de aplicativo sobre a regulamentação da categoria. Em 2023, uma comissão especial foi criada pelo Ministério do Trabalho e Emprego para discutir um projeto de lei a ser encaminhado ao Congresso Nacional. No entanto, após seis meses de reuniões, não houve acordo, encerrando-se as tratativas sem avanço.
Esse é o terceiro movimento nacional conhecido como \"breque dos apps\". A primeira mobilização aconteceu em 1º de julho de 2020, durante a pandemia, e registrou atos significativos em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte.