Jornalistas alegam agressões durante coletiva de Nicolás Maduro
O evento no Palácio do Itamaraty contou com a presença de diversos líderes da América do Sul
Por Plox
31/05/2023 06h56 - Atualizado há mais de 1 ano
Na noite de terça-feira, dia 30 de maio, um evento que reuniu líderes da América do Sul no Palácio do Itamaraty em Brasília acabou por tomar um rumo infeliz. Jornalistas presentes para cobrir as atividades da reunião denunciaram que foram agredidos por seguranças durante uma entrevista coletiva com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Seguranças Acusados de Agressões a Jornalistas
Maduro, que foi o último chefe de Estado a deixar o prédio do Ministério das Relações Exteriores, resolveu parar para fazer declarações à imprensa. Aproximadamente dezenas de jornalistas que se aproximaram para ouvi-lo se encontraram em situações adversas. Segundo relatos, um repórter de TV disse ter sido atingido com um soco, outro jornalista alegou ter sido arrastado pela roupa e imobilizado e um terceiro mencionou que foi empurrado por um segurança.
Em resposta ao ocorrido, o Itamaraty emitiu uma declaração: "O Ministério das Relações Exteriores lamenta o incidente no qual houve agressão a profissionais de imprensa, ao final da reunião de presidentes da América do Sul. Providências serão tomadas para apurar responsabilidades."
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O evento no Palácio do Itamaraty contou com a presença de diversos líderes da América do Sul, incluindo Alberto Fernández (Argentina), Luís Arce (Bolívia), Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia), Guillermo Lasso (Equador), Irfaan Ali (Guiana), Mário Abdo Benítez (Paraguai), Chan Santokhi (Suriname) e Luís Lacalle Pou (Uruguai). O objetivo da reunião, promovida pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, era impulsionar um mecanismo de integração na região.
Segundo relatos, não houve incidentes com os demais líderes ao deixarem a chancelaria, com a maioria optando por não fazer comentários à imprensa.
A ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) expressou sua repulsa aos eventos: "É injustificável e inaceitável que em um governo democrático como no Brasil, seguranças agridam a imprensa, a exemplo do que habitualmente acontece na Venezuela. A ABERT reafirma a defesa intransigente da liberdade de expressão e do direito à livre informação e pede às autoridades brasileiras uma rigorosa apuração do caso e punição dos agressores".