Nesta terça-feira (30), uma operação policial resultou na detenção de uma advogada e professora de 31 anos, durante uma aula ministrada por ela, em uma escola infantil. O caso aconteceu na Serra, Grande Vitória, no Espírito Santo.

Segundo informações do portal g1, a prisão, divulgada na manhã desta quarta-feira (31), foi efetuada por agentes da Delegacia Especializada de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). A advogada é suspeita de envolvimento em uma organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas e homicídios.

A advogada, que também é suspeita de facilitar a comunicação entre traficantes por meio de bilhetes, excedeu suas funções profissionais, segundo Ícaro Ruginski, chefe da Divisão de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Diccor). Além disso, acredita-se que ela estivesse aliciando presidiários para ingressarem com telefones celulares nos presídios do Espírito Santo.

Em entrevista para o g1, Ruginski disse que a advogada teria tentado infiltrar com celulares no sistema penitenciário, “compartilhando informações e tentando infiltrar celulares na prisão para que essa facção criminosa pudesse prosseguir com suas atividades".

O mandado de prisão preventiva foi expedido devido ao descumprimento por parte da advogada de algumas medidas cautelares impostas pela justiça. A investigação sobre suas atividades ilícitas durou cerca de dois anos. As condições específicas que foram desrespeitadas não foram divulgadas ao público.

Durante a prisão, o delegado revelou que a equipe de investigação confirmou que a suspeita estava lecionando à tarde. "Conversamos discretamente com o diretor e informamos que havia um mandado de prisão contra ela. Ela não resistiu e tudo ocorreu de maneira pacífica", disse.