Política

Justiça cassa mandato de Rubinho Nunes por divulgar laudo falso sobre Boulos

Vereador de São Paulo foi declarado inelegível por oito anos após espalhar informação falsa nas redes durante campanha eleitoral

31/05/2025 às 13:21 por Redação Plox

A Justiça Eleitoral de São Paulo determinou nesta sexta-feira (30) a cassação do diploma do vereador Rubinho Nunes (União Brasil), além de torná-lo inelegível por um período de oito anos.


Imagem Foto: Divulgação

A decisão foi emitida pelo juiz Antonio Maria Zorz, da 1ª Zona Eleitoral — Bela Vista, com base na acusação de que o parlamentar utilizou indevidamente suas redes sociais durante a campanha para a prefeitura da capital em 2024. Segundo a sentença, Rubinho divulgou um laudo médico falso que associava o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), adversário político na disputa, ao uso de drogas e a um suposto surto psicótico.


De acordo com a decisão judicial, a publicação do laudo ocorreu na antevéspera da eleição, em conjunto com o então candidato a prefeito Pablo Marçal (PRTB). O documento afirmava que Boulos estaria em um “quadro de surto psicótico grave, com delírio persecutório, ideias homicidas, confusão mental e agitação”, e mencionava um exame toxicológico externo que teria dado positivo para uso de cocaína.


O juiz destacou que Rubinho não negou, em nenhum momento, ser o autor da publicação nas redes sociais. “Não há dúvidas de sua atuação na publicação do laudo falso em desfavor de Boulos, o que restou incontroverso já na primeira manifestação defensiva”, afirma Zorz.


A ação foi movida por Leonardo dos Reis Adorno Becker, que concorreu ao cargo de vereador em 2024 pela Federação PSOL-Rede. Já Pablo Marçal, citado como coautor da publicação, está sendo investigado em outro processo separado.


Após a divulgação da sentença, Guilherme Boulos compartilhou o título da matéria do site da Justiça Eleitoral em suas redes sociais com a legenda: ‘sextou’.


Rubinho Nunes também comentou o caso em seu perfil e classificou a decisão como “a maior injustiça da minha vida”. A sentença ainda é passível de recurso.


O caso gerou grande repercussão no cenário político e levanta novamente o debate sobre o uso de informações falsas em campanhas eleitorais.


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