Rendimento do trabalhador sobe enquanto desemprego cai no Brasil

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,9% no segundo trimestre de 2024, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 31 de julho. Esse número representa uma melhora em relação ao primeiro trimestre do ano, quando a taxa era de 7,9%, e está de acordo com a mediana das projeções do mercado financeiro, que também previu 6,9% para o período de abril a junho, segundo a Bloomberg.

Queda no número de desempregados

O número de pessoas desempregadas foi estimado em 7,5 milhões no segundo trimestre, uma redução significativa em comparação com os 8,6 milhões registrados nos três meses anteriores. A população desempregada inclui pessoas com 14 anos ou mais que estão em busca ativa de emprego. Aqueles que não procuram trabalho, mesmo sem estar empregados, não são contabilizados nesse grupo pelas estatísticas oficiais.

Aumento no rendimento médio

A renda média real dos trabalhadores no Brasil também apresentou crescimento, atingindo R$ 3.214 no trimestre encerrado em junho. Este valor representa um aumento de 5,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, destacando uma melhora nas condições de trabalho e remuneração.

Dados da Pnad Contínua

Os dados apresentados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que abrange tanto atividades formais quanto informais de trabalho. Isso inclui empregos com carteira assinada e CNPJ, assim como trabalhos informais, conhecidos como "bicos".

Ciclo anual do desemprego

Tradicionalmente, os primeiros meses do ano são caracterizados por um aumento na taxa de desemprego, com uma tendência de queda nos meses subsequentes. No trimestre encerrado em maio, a taxa já havia caído para 7,1%. No entanto, o IBGE evita fazer comparações diretas entre períodos que compartilham meses, como os intervalos encerrados em maio e junho, para garantir a precisão dos dados.