Bebês com sarampo morrem em SP

Dois bebês, um de 9 meses, e outro de 4 meses, morreram na Grande São Paulo, vítimas de sarampo. A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde, que, na noite desta sexta-feira (30), confirmou as duas mortes por sarampo.

Os bebês tiveram pneumonia, uma doença comum nos casos de sarampo.

Na quarta-feira o governo do estado também confirmou a morte de um homem, de 42 anos, também por complicações causadas pelo sarampo.

O homem, que era morador de Itaquera, chegou a ficar hospitalizado, mas faleceu em razão de complicações da doença.

Após muitos anos parecendo estar erradicada a doença volta a vitimar pessoas em todo o mundo.

78 casos suspeitos em Minas Gerais 

Nesta sexta-feira (30), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais confirmou que o estado tem 78 casos suspeitos de sarampo. Desses, quatro já foram confirmados. Os profissionais de saúde estão em alerta.

Na quinta-feira (29), começou a funcionar a sala de vacinação contra sarampo, montada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), com o apoio da BH Airport, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do município de Confins, no Aeroporto Internacional de Confins.

A ação tem o objetivo de vacinar tanto os passageiros quanto a população aeroportuária. Segundo a diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da SES, Janaína Fonseca Almeida, o surto de sarampo no estado de São Paulo e o fluxo intenso de pessoas no Aeroporto de Confins propicia maior chance de transmissão da doença no estado. “Dessa forma, esperamos manter a população protegida por meio da vacinação e mobilizando esforços para garantia de altas coberturas vacinais”, explica.

O gerente de vendas Alisson Campos, que aguardava o horário do voo para São Paulo, falou sobre a importância da vacina. “Eu tenho dois filhos pequenos que ainda não concluíram o esquema vacinal, devido aos intervalos estipulados entre uma dose e outra. Como estou indo para São Paulo, localidade onde há ocorrência de surto, aproveitei que a sala de vacinação já está em funcionamento para me imunizar e, assim, também proteger meus filhos”, contou.

Cartão de vacina

Embora a ausência do cartão não seja necessariamente um impeditivo para receber a vacina, já que é feita uma avaliação caso a caso, Janaína Almeida reforça que o ideal é que a pessoa comparece à sala de imunização com esse documento em mãos. Vale lembrar que o cartão de vacinação é o documento que comprova a situação vacinal do indivíduo, devendo ser guardado junto aos demais documentos pessoais.

A diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da SES destaca, ainda, que a tríplice viral, vacina que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, faz parte do calendário de rotina e encontra-se disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde e durante todo o ano.

Quem deve se vacinar

Todas as crianças de 6 meses a menores de 1 ano de idade devem ser vacinadas com uma dose de tríplice viral, nos termos da última determinação do Ministério da Saúde, devendo manter as doses previstas para 1 ano de idade e 1 ano e 3 meses, dentro do estabelecido no calendário nacional de vacinação.

A vacinação de rotina contra o sarampo deve ser mantida na população de 1 ano até 49 anos de idade, considerando-se o histórico anterior das vacinas que contenham componente sarampo. Sendo assim, a vacina tríplice viral é ofertada para a população de 6 meses a 49 anos de idade.

Funcionamento da sala

Inicialmente, a previsão é que a sala de vacinação funcione no Aeroporto de Confins durante 15 dias. O atendimento no local será realizado de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, no primeiro andar do aeroporto.

Sarampo

O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, grave, transmissível, altamente contagiosa e comum na infância. Começa inicialmente com febre, exantema (manchas avermelhadas que se distribuem de forma homogênea pelo corpo), sintomas respiratórios e oculares.

A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por meio de secreções (ou aerossóis) presentes na fala, tosse, espirros ou até mesmo respiração. Na presença de pessoas não imunizadas ou que nunca apresentaram sarampo, a doença pode se manter em níveis endêmicos, produzindo epidemias recorrentes.