Bolsonaro e outros depoentes confrontam investigação da PF sobre venda ilegal de joias

Ex-presidente Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro, e Mauro Cid são alguns dos nomes chamados para depoimento em investigação sobre venda ilegal de presentes oficiais.

Por Plox

31/08/2023 09h01 - Atualizado há quase 2 anos

O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, foram intimados para prestar depoimentos à Polícia Federal (PF) simultaneamente nesta quinta-feira. Segundo informações do Correio Braziliense, a estratégia tem como objetivo evitar a combinação de respostas entre os depoentes. A investigação centra-se em uma suposta venda ilegal de presentes que o ex-presidente e sua comitiva teriam recebido em viagens oficiais.

Além do trio, advogados e assessores também serão ouvidos, incluindo Fabio Wajngarten, Frederick Wassef, Marcelo Câmara e Osmar Crivellati. Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, já havia proibido anteriormente qualquer comunicação entre Mauro Cid e o casal Bolsonaro.

Foto: Reprodução/Twitter Wilson Dias/Agência Brasil

Detalhes das Acusações

Mauro Cid está atualmente preso e é investigado por múltiplos casos, incluindo o suposto plano para anular os resultados das eleições de 2022. A Polícia Federal planeja questionar Bolsonaro sobre seu suposto envolvimento na venda ilegal de joias, uma operação que alegadamente teria rendido cerca de R$ 1 milhão. A PF afirma que esses itens valiosos foram levados para os Estados Unidos na mesma aeronave em que Bolsonaro viajou em dezembro do último ano. Segundo a legislação, esses bens deveriam ter sido incorporados ao patrimônio público.

Cooperação Internacional

Com o apoio dos Estados Unidos, as autoridades brasileiras buscam acesso às contas bancárias de Bolsonaro e dos Cids nos EUA. A investigação também rastreia joalherias envolvidas na venda das peças em questão. Um relógio de platina cravejado de diamantes, dado a Bolsonaro por sauditas em 2019, é um dos itens sob escrutínio. Segundo a PF, este relógio foi vendido nos Estados Unidos por mais de US$ 68 mil. Frederick Wassef teria ido aos EUA para recomprar o relógio, que estava exposto em uma joalheria em Miami, para entregá-lo ao Tribunal de Contas da União (TCU).

O caso segue em investigação e os envolvidos não emitiram declarações públicas até o momento.

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