Vírus letais desafiam a OMS: Raiva, Ebola, Marburg e Nipah preocupam mais que Covid e Mpox
Até o momento, não há vacina disponível para o combate a esse vírus, o que intensifica os temores em relação a sua disseminação.
Por Plox
31/08/2024 21h57 - Atualizado há 4 meses
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem alertado sobre o aumento dos riscos de contaminação pelo vírus da Mpox, anteriormente conhecido como varíola dos macacos. Recentemente, uma nova mutação, o clado 1b, se espalhou na África e já atingiu a Europa. Contudo, além da Covid-19 e da Mpox, a OMS se preocupa com outros vírus ainda mais letais, descritos como "pesadelos" para a entidade internacional de saúde. Entre eles, destacam-se os vírus da Raiva, Ebola (DVE), Marburg (MARV) e Nipah.
Raiva: ameaça quase 100% letal para não vacinados
O vírus da Raiva, pertencente ao gênero Lyssavirus e da família Rabdoviridae, afeta mamíferos e é transmitido através de mordidas, arranhões ou lambidas de animais infectados, como morcegos, cachorros e macacos. Esse vírus atinge o sistema nervoso central, causando inflamações que podem alcançar o cérebro. Entre os sintomas estão febre, dor de cabeça, formigamento e coceira no local da mordida, irritabilidade, alucinações, paralisia muscular, coma e morte. A taxa de letalidade da Raiva é praticamente 100% em indivíduos não vacinados.
Ebola: alta mortalidade associada a condições de tratamento
O vírus do Ebola também é transmitido entre mamíferos e se espalha por meio da troca de fluidos corporais de pessoas infectadas. A letalidade dessa doença varia de 25% a 90%, dependendo da qualidade dos cuidados médicos recebidos. Os sintomas incluem dor de garganta, febre, dor de cabeça, vômitos, diarreia, insuficiência hepática e renal, além de hemorragias em estágios avançados. A gravidade da doença torna o Ebola um dos vírus mais temidos pela OMS.
Marburg: uma das maiores taxas de letalidade e sem vacina disponível
O vírus de Marburg é outro motivo de preocupação, com uma taxa de letalidade que pode chegar a 90%. Transmitido principalmente por morcegos e, subsequentemente, de pessoa para pessoa através de fluidos corporais, essa doença é endêmica na África e se manifesta por meio de vômitos, dores no abdômen, peito e garganta, além de afetar o intestino. Nos casos mais severos, o vírus pode causar inflamação do pâncreas, hemorragias e falência de múltiplos órgãos. Atualmente, o vírus de Marburg é o único entre os mencionados que ainda não possui uma vacina disponível comercialmente.
Nipah: potencial para mutações perigosas e alta taxa de letalidade
Identificado pela primeira vez em 1999 em uma vila na Malásia, o vírus Nipah, que pertence à classe dos paramixovírus, é transmitido por fluidos de morcegos e apresenta uma taxa de letalidade que pode chegar a 75%. Pesquisadores estão preocupados com a possibilidade de o Nipah sofrer mutações que o tornem mais transmissível, o que poderia desencadear uma crise de saúde global. Até o momento, não há vacina disponível para o combate a esse vírus, o que intensifica os temores em relação a sua disseminação.