Veja reação dos petistas após vitória de Lula nesse domingo

Grupo de pessoas se reuniu no Melo Viana, em Coronel Fabriciano, para comemorar

Por Plox

31/10/2022 17h40 - Atualizado há mais de 1 ano

Na noite desse domingo (30), vários petistas foram para as ruas comemorar a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. A Plox acompanhou tudo de perto, desde o início das apurações até o momento em que os eleitores se juntaram para comemorar.

O programa foi comandado por Matheus Valadares e Vanessa Peixoto, que ficaram mais de quatro horas ao vivo acompanhando toda a apuração e os principais acontecimentos. Em Brasília, a correspondente da Plox, Brenda Colen, fez entradas ao vivo direto da sede do TSE. Já no Vale do Aço, Filipe Ventura acompanhou tudo de perto, inclusive a festa que ocorreu no bairro Melo Viana, em Coronel Fabriciano.
Veja o vídeo:


A comemoração contou com vários petistas e carros que se formaram em carreata para comemorar a vitória de Lula. A festa começou por volta de 20h da noite, assim que acabou a apuração dos votos. Mesmo com chuva, os petistas permaneceram nas ruas demonstrando a felicidade e a importância do voto.  

Veja abaixo a matéria completa sobre a vitória do candidato petista

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é eleito presidente do Brasil pela terceira vez. Com 50,90% dos votos válidos, o candidato do PT derrotou, no segundo turno, Jair Messias Bolsonaro (PL), atual presidente, que teve 49,10% dos votos, com 100% das urnas apuradas. Dias após completar 77 anos, Lula vence nas urnas ao lado do vice, Geraldo Alckmin, de quem já foi adversário na disputa à vaga no planalto em 2006, quando foi reeleito. A chapa de Lula e Alckmin contou também com o apoio de outros cinco partidos: PCdoB, PSOL, Rede, Solidariedade e PV.

Assim como no primeiro turno, o candidato petista obteve uma expressiva votação na região nordestina do país, o que o ajudou a manter a diferença para o seu oponente, Jair Bolsonaro.

Nordestino de Pernambuco, Lula obtém expressiva votação em sua região. Foto: Ricardo Stuckert.

 

A disputa presidencial este ano foi, mais uma vez, foi polarizada. Lula e o atual presidente, Jair Bolsonaro, se destacaram dos outros candidatos nas pesquisas durante o primeiro turno. Lula vence a disputa tendo como principais promessas de campanha o combate à pobreza e à desigualdade social, a necessidade de segurar a inflação e realizar reforma tributária logo nos primeiros meses do próximo ano.

Lula em Maceió (AL) - Encontro com a Cultura de Alagoas. Foto: Ricardo Stuckert.

 

No total, 11 candidatos disputaram a eleição presidencial em 2022: Ciro Gomes (PDT), Constituinte Eymael (Democracia Cristã - DC), Felipe D’Avila (Novo), Jair Bolsonoro (PL), Léo Péricles (Unidade Popular — UP), Lula (PT), Padre Kelmon (PTB), Simone Tebet (MDB), Sofia Manzano (PCB), Soraya Thronicke (União) e Vera (PSTU).

Para o segundo turno, Lula contou com o apoio de Ciro Gomes, que seguiu a orientação de seu partido e de, principalmente, a senadora Simone Tebet, que participou das propagandas eleitorais e dos comícios realizados pela campanha petista.

Lula e Simone Tebet participam de caminhada em Juiz de Fora (MG). Foto: Ricardo Stuckert.

 

Essa foi a sexta disputa presidencial de Lula. No dia 7 de maio,  ele lançou sua pré-candidatura e foi o primeiro pré-candidato a divulgar oficialmente o nome do candidato à vice-presidente: o ex-governador de São Paulo e ex-opositor Geraldo Alckmin (PSB). Uma semana depois, Lula se casou com a socióloga Rosângela Silva, conhecida como Janja.

Lula vota no ABC paulista

O candidato do PT à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva votou, nesta manhã, na Escola Estadual Firmino Correia de Araújo, em São Bernardo do Campo (SP). Após votar, Lula disse ter convicção da vitória.

“Estou convencido que o povo brasileiro vai votar no projeto em que a democracia seja vencedora. Em um projeto que a participação popular na definição das políticas públicas seja vencedor”, disse.

Rovena Rosa/Agência Brasil

 

Trajetória de Lula

Nascido em 6 de outubro de 1945 no município de Caetés, Pernambuco, Luiz Inácio da Silva começou a trajetória política na Grande São Paulo, onde trabalhou como metalúrgico e liderou movimentos sindicais. Foi um dos fundadores do PT, em 1980. Em 1982, mudou oficialmente seu nome para Luiz Inácio Lula da Silva e concorreu ao governo de São Paulo. O petista sofreu sua primeira derrota. Em 1984, Lula participou da campanha das “Diretas-Já!”. Na segunda eleição que disputou, em 1986, Lula foi eleito deputado federal por São Paulo e participou da Assembleia Constituinte de 1988.  

Em 1989, Lula disputou a primeira eleição presidencial. Mas Fernando Collor ganhou a disputa. A primeira vitória veio em 2002. Lula venceu com 61,27% dos votos, a maior votação percentual que um candidato à presidência recebeu na História.

Nos governos Lula, o Brasil se destacou internacionalmente, se tornando a sexta maior economia do mundo. Internamente, teve como principais marcas a estabilidade econômica, a retomada do crescimento, a redução da pobreza e da desigualdade social. E foram criados programas como “Minha casa, minha vida” e PAC, Plano de Aceleração do Crescimento.

Mas no primeiro mandato, Lula enfrentou denúncias de corrupção num esquema que ficou conhecido como Mensalão. Segundo as acusações, tratava-se da compra de apoio no Congresso Nacional. Mas o então presidente sempre afirmou que não teve conhecimento do esquema. 

Apesar das denúncias contra o PT, Lula foi reeleito no segundo turno com 60,83% dos votos válidos, após ter chegado próximo de vencer no primeiro turno, quando recebeu 48,61%. Em 2010, Lula trabalhou para eleger como sua sucessora a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Em 2014, Dilma foi reeleita.

Em fevereiro de 2018, Lula iniciou pelo Brasil uma pré-campanha à presidência da república. Mas antes disso, em julho de 2017, o então juiz federal Sérgio Moro,   condenou Lula a nove anos de prisão fruto de investigações da Operação Lava Jato. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) referendou a decisão em janeiro do ano seguinte e aumentou a pena para 12 anos de prisão. Um habeas corpus foi negado e Lula foi preso no dia 7 de abril de 2018 para fins de execução provisória da pena, então considerada constitucional pelo STF. Na segunda semana de setembro, o PT anunciou oficialmente que o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad substituiria Lula na urna. A partir daquele momento, os principais institutos apontaram Bolsonaro como o favorito, com Haddad em segundo.

Lula deixou a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba em 8 de novembro de 2019, após ficar 580 dias preso. A condenação de Lula foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal. A Corte entendeu que a 13ª Vara Federal de Curitiba era incompetente para julgar o caso e que o juiz Sergio Moro foi parcial ao condenar Lula. Os outros processos contra o ex-presidente foram arquivados ou prescreveram. 


 


 

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