Juros do crédito rotativo do cartão alcançam 438,4% ao ano

Taxa de inadimplência das famílias atinge 3,2% em setembro, informa Banco Central

Por Plox

31/10/2024 07h42 - Atualizado há 2 meses

Os juros do crédito rotativo do cartão de crédito subiram 11,5 pontos percentuais em setembro, chegando a 438,4% ao ano, mesmo com a aplicação de limites desde o começo do ano. Segundo o Banco Central, apesar da alta, a taxa ainda apresentou uma queda de 2,7 pontos percentuais nos últimos 12 meses. A medida de contenção se aplica somente a novos financiamentos e visa reduzir o endividamento.

Marcello Casal Jr | Agência Brasil

O crédito rotativo, modalidade acionada quando o consumidor não quita o valor total da fatura, gera encargos elevados. Caso a dívida se prolongue por mais de 30 dias, ela é parcelada, e em setembro, os juros do crédito parcelado subiram 3,8 pontos percentuais, fechando em 185,8% ao ano, embora tenham caído 8 pontos percentuais no acumulado de 12 meses.

Crédito livre apresenta variações mistas

A taxa média de juros do crédito livre para famílias aumentou 0,5 ponto percentual em setembro, atingindo 52,4% ao ano, mas registra uma queda de 4,9 pontos percentuais em 12 meses. Dentre as categorias com diminuição, destacam-se crédito consignado, financiamento de veículos e outras modalidades.

O cheque especial também subiu 4,2 pontos percentuais no mês, alcançando 137,1% ao ano, embora a taxa ainda se mantenha limitada em 8% ao mês. Para empresas, os juros no crédito livre caíram 0,3 ponto percentual em setembro, chegando a 20,7% ao ano, com destaque para a queda nas taxas de capital de giro de curto prazo.

Saldos de crédito apresentam crescimento

As concessões de crédito totalizaram R$ 636,4 bilhões em setembro, com um aumento de 2,2%. O crédito livre avançou 3,7%, enquanto o direcionado caiu 7,4%. No acumulado, o crédito nacional cresceu 1,2%, somando R$ 6,179 trilhões, impulsionado pelo aumento de 1,6% no crédito para empresas e 1% para pessoas físicas.

O endividamento das famílias, calculado em relação à renda anual, ficou em 47,9% em agosto, com comprometimento da renda em 26,8%, ambos indicadores mostrando variações modestas no comparativo mensal e anual.

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