Mensalidade escolar em Minas Gerais deve subir 10% em 2025, o maior reajuste do país
Aumento reflete impacto da inflação, recuperação pós-pandemia e investimentos em infraestrutura e tecnologia
Por Plox
31/10/2024 14h34 - Atualizado há 21 dias
As mensalidades das escolas particulares de Minas Gerais devem sofrer um reajuste de 10% em 2025, sendo o maior aumento entre todos os estados brasileiros, conforme aponta estudo da consultoria Rabbit divulgado pelo Educa Mais Brasil. Em todo o país, a expansão média das tarifas escolares varia entre 8% e 10%, superando a inflação oficial projetada pelo Banco Central, de 4,5% para o próximo ano.
Comparativo nacional e motivos para o aumento
Logo atrás de Minas Gerais, São Paulo deve registrar um aumento médio de 9,5%, seguido pelo Rio de Janeiro e regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, com um reajuste médio de 9%. Os principais motivos do aumento incluem a recuperação de perdas financeiras acumuladas durante a pandemia, período em que as escolas enfrentaram uma diminuição no número de matrículas, alta na inadimplência e concessão de descontos para pais e responsáveis.
Além disso, o aumento considera fatores como a inflação acumulada, reajustes salariais dos professores e investimentos em melhorias de infraestrutura e tecnologia educacional nas instituições. A reportagem de O TEMPO tentou contato com o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino no Estado de Minas Gerais (Sinepe-MG) para confirmar o reajuste, mas ainda aguarda retorno.
Alternativas para os pais
Segundo o Instituto de Defesa dos Consumidores (Idec), os pais que discordarem do aumento nas mensalidades têm o direito de não renovar a matrícula de seus filhos. Caso optem por essa decisão, as escolas devem disponibilizar todos os documentos necessários para a transferência, mesmo em situações de inadimplência. A legislação, no entanto, permite que as instituições recusem a renovação da matrícula de alunos inadimplentes, desde que não os submetam a constrangimento, ameaças ou sanções pedagógicas, como a exclusão de atividades avaliativas.
Essas mudanças indicam que os reajustes escolares, motivados pela necessidade de recuperação financeira e de atualização estrutural, podem continuar a impactar o orçamento das famílias em Minas Gerais no próximo ano.