PF deflagra operação Shopper e apreende produtos importados ilegalmente em MG; Ipatinga é alvo
Ação combate descaminho de eletrônicos, cosméticos e outros itens, desarticulando esquema de importação sem impostos
Por Plox
31/10/2024 09h56 - Atualizado há 8 meses
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (31) a Operação Shopper, visando combater o crime de descaminho em Ipatinga, Minas Gerais. Durante a ação, três mandados de busca e apreensão foram cumpridos, todos autorizados pela 1ª Vara Federal de Ipatinga.

O esquema investigado envolve a comercialização de produtos importados sem o pagamento de impostos, caracterizando uma prática ilícita que prejudica a economia e afeta diretamente a livre concorrência ao colocar produtos no mercado a preços inferiores aos de empresas regularizadas.

Apreensões em estabelecimentos e parcerias com a Receita Federal
Em um dos principais pontos da operação, um caminhão foi mobilizado na avenida Carlos Chagas, no bairro Cidade Nobre, onde agentes federais confiscaram diversos produtos.
As buscas ocorreram em endereços comerciais e residenciais ligados ao investigado, incluindo um estabelecimento cuja administração oficial estaria dissimulada. No local comercial, a PF contou com o suporte da Receita Federal do Brasil (RFB), reforçando a fiscalização sobre o mercado de importados e ampliando a base de provas contra o suspeito.

Esquema de importação sem impostos
De acordo com as investigações, o investigado atuava como um intermediário na importação e venda de eletrônicos, cosméticos, bebidas, perfumaria e artigos de moda, todos introduzidos no mercado brasileiro sem cumprir as obrigações fiscais de importação. “Esses produtos eram comercializados sem o recolhimento de impostos, causando um impacto direto aos cofres públicos”, afirmaram autoridades da PF. Além do impacto fiscal, o esquema compromete a competitividade do mercado ao permitir que itens sejam oferecidos a preços significativamente mais baixos que os de empresas regulamentadas.

Objetivo da operação e perfil do suspeito
O nome “Operação Shopper” refere-se à função do investigado, que agia como comprador de itens específicos para atender a demandas variadas. Segundo a PF, o suspeito geria um comércio que, embora estivesse em nome de terceiros, era administrado por ele. O modelo de negócio incluía pedidos personalizados e um portfólio diversificado de produtos, sugerindo que o alvo operava em nichos de mercado com demanda por produtos diferenciados.

Avanço nas investigações
A Operação Shopper tem como foco não apenas interromper a prática ilegal, mas também ampliar o conjunto de provas contra o investigado, permitindo a comprovação das atividades ilícitas.

Com a coleta de novos elementos, a PF espera fortalecer o caso e avançar na identificação de outros envolvidos no esquema de descaminho, ampliando o combate ao mercado irregular de produtos importados em Minas Gerais.