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Polícia
Web levanta dúvidas sobre morte de 'Japinha do CV'
Maior operação policial da história do Rio mobilizou 2,5 mil agentes e deixou saldo de mortes, rumores e medo entre moradores das comunidades.
31/10/2025 às 13:31por Redação Plox
31/10/2025 às 13:31
— por Redação Plox
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A morte de Penélope, conhecida como Japinha do CV, durante uma operação policial na zona norte do Rio de Janeiro, gerou dúvidas e rumores nas redes sociais desde a última terça-feira. Fotos de seu corpo circularam amplamente, levando internautas a questionarem se a criminosa realmente havia falecido.
Fotografias de seu corpo circularam pelas redes sociais, levando internautas a duvidar da autenticidade de sua morte
Foto: Redes Sociais
Perfis falsos e rumores online
Nos dias seguintes à operação, surgiram perfis falsos utilizando imagens de Penélope. Essas contas disseminaram informações enganosas e até solicitaram doações via Pix, aproveitando o nome da traficante para obter vantagens. Em certos casos, usuários se passaram por parentes da jovem para legitimar os pedidos.
Entre as publicações, um dos perfis afirmou: “Boa noite galera. Está todo mundo dizendo que eu morri, mas eu não morri. Vou me pronunciar em breve.”
Atuação de Penélope na facção
Penélope era conhecida por atuar na proteção de rotas de fuga e defesa de pontos estratégicos do tráfico. Na madrugada do confronto, ela vestia roupas camufladas e um colete tático adaptado para carregadores de fuzil, reforçando seu papel na linha de frente da facção criminosa.
Segundo informações apuradas, Penélope foi atingida por um tiro de fuzil após resistir à abordagem policial e disparar contra agentes. O corpo foi encontrado próximo a um dos acessos principais da comunidade, já no final das horas de tiroteio.
Pouco antes de morrer, a jovem teria enviado uma breve mensagem a uma amiga por WhatsApp durante o tiroteio e realizado uma chamada de vídeo de cerca de três minutos.
Confronto no Complexo do Alemão e Penha
A morte ocorreu nos complexos do Alemão e da Penha, que reúnem 26 comunidades na zona norte da cidade. A operação, realizada na terça-feira, entrou para a história como a maior e mais sangrenta já registrada no estado.
O Palácio Guanabara informou que 2,5 mil agentes das polícias Civil, Militar e de unidades especiais participaram da ação. O objetivo era conter o avanço territorial do Comando Vermelho e enfraquecer sua estrutura logística.
Moradores relataram uma madrugada marcada pelo medo, com helicópteros sobrevoando as comunidades e blindados cruzando ruelas. O tiroteio e as explosões se estenderam por horas, principalmente nas regiões da Grota, Fazendinha e Vila Cruzeiro.
Apesar das barreiras policiais, vários integrantes do tráfico conseguiram fugir por rotas alternativas. Túneis e passagens camufladas entre as casas foram encontrados, evidenciando um plano de fuga que remete aos episódios da histórica ocupação do Alemão, em 2010.
Ação mobilizou mais de 2.500 policiais, resultou em 121 mortos — incluindo suspeitos de outros estados e quatro agentes —, além da apreensão de 118 armas e uma tonelada de drogas
Ação mobilizou mais de 2.500 policiais, resultou em 121 mortos — incluindo suspeitos de outros estados e quatro agentes —, além da apreensão de 118 armas e uma tonelada de drogas