Durante coletiva realizada nesta sexta-feira (31), o secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, afirmou que os complexos da Penha e do Alemão se consolidaram como o quartel-general nacional do Comando Vermelho. A Cúpula de Segurança do estado também fez um balanço da operação Contenção, deflagrada pela polícia na última terça-feira (28). A megaoperação resultou na prisão de 113 pessoas e na morte de 117 suspeitos. Desses, 99 já foram identificados. Entre os mortos, 78 possuíam antecedentes criminais, incluindo acusações por homicídio e tráfico de drogas. Além disso, 42 estavam foragidos da Justiça. Veja as declarações do secretário na Live.

Identificação dos suspeitos mortos

Durante a operação policial realizada nos complexos da Penha e do Alemão, foi divulgada uma lista com 99 nomes de suspeitos mortos já identificados, entre os 117 mortos na ação.

De acordo com informações da Polícia Civil:

• 78 dos suspeitos tinham histórico criminal, incluindo acusações de homicídio e tráfico de drogas;
• 42 estavam foragidos no momento da operação;
• 39 eram de outros estados, entre eles Pará, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso e Paraíba.

Doca foi o principal alvo, mas conseguiu fugir

O traficante conhecido como Edgar Alves de Andrade, apelidado de Doca, era o foco principal das forças de segurança. Mesmo assim, ele conseguiu escapar do cerco policial. Considerado o maior chefe do Comando Vermelho em liberdade, Doca ocupa posição inferior apenas a Marcinho VP e Fernandinho Beira-Mar, ambos já detidos em penitenciárias federais.

Como o chefe da facção escapou

Segundo o secretário de Segurança Pública, Victor Santos, Doca contou com o apoio de “soldados” do tráfico, que montaram uma barreira para viabilizar sua fuga. O Disque Denúncia do Rio de Janeiro oferece uma recompensa de R$ 100 mil por informações que levem ao paradeiro do criminoso.

Histórico criminal e origem de Doca

De acordo com dados oficiais, Doca nasceu em 1970 em Caiçara, mas há divergências quanto ao estado de origem, pois registros apontam tanto Caiçara, no Rio Grande do Sul, quanto Caiçara, na Paraíba.

O envolvimento dele com o crime já dura pelo menos duas décadas. Em 2007, Doca foi preso em flagrante por porte de arma e tráfico de drogas na Vila da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro.