Polícia

Mulher é morta a tiros pelo ex dentro de casa em BH mesmo com medida protetiva

Cinthya Micaelli Soares Rolliz, de 26 anos, foi assassinada com seis tiros no rosto enquanto dormia ao lado da filha de 5 anos; família diz que registrou ocorrências e denuncia falta de ação policial

31/12/2025 às 15:11 por Redação Plox

Uma mulher de 26 anos foi morta a tiros dentro de casa pelo ex-namorado, na madrugada desta quarta-feira (31), no bairro Jardim América, na Região Oeste de Belo Horizonte. Segundo familiares, o suspeito, de 28 anos, pulou o muro do imóvel, entrou pela janela do quarto e atirou seis vezes no rosto de Cinthya Micaelli Soares Rolliz, que morreu no local.

Mulher se tornou mais um caso de feminicídio

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Foto: Redes sociais

De acordo com a família, Cinthya estava separada havia cerca de três meses e tinha medida protetiva contra o ex-companheiro. Mesmo assim, ele continuava a persegui-la e a fazer ameaças. O homem não aceitava o fim do relacionamento e, segundo a mãe da vítima, também intimidava outros familiares.

Mãe relata ameaças e descumprimento de medida protetiva

Em entrevista à imprensa na capital mineira,  a mãe de Cinthya, Ângela Fernandes Soares, de 48 anos, afirmou que o ex-namorado vinha fazendo ameaças constantes e já havia anunciado a intenção de matar a jovem. A família relata que foram registrados boletins de ocorrência e que a polícia foi acionada em outras ocasiões, mas que nenhuma medida efetiva teria sido adotada para impedir a escalada da violência.

Ela estava em casa dormindo, ele pulou o muro e atirou à queima-roupa, foram seis tiros na cara dela. Ela não atendia ligações dele mais, não podia ter contato com ele e ele não aceitava o fim do relacionamento. Ele já tinha falado até mesmo para mim que ia encher a cara dela de tiro.

Angela Fernandes Soares

Criança de cinco anos presenciou o crime

No momento do ataque, Cinthya dormia ao lado da filha de cinco anos. A menina não foi ferida, mas entrou em estado de choque após presenciar o assassinato da mãe.

Segundo o relato da família, a criança repetia que o pai havia matado a mãe, evidenciando o impacto psicológico imediato da violência. A cena descrita pelos familiares é de extrema crueldade e abalou todos os parentes.

Histórico de ciúmes, agressividade e perseguições

Conforme conta a mãe, o relacionamento de Cinthya com o suspeito era marcado por ciúmes excessivos, comportamento agressivo e perseguições frequentes. Mesmo depois da separação, o homem continuava rondando a casa da jovem e o local onde ela trabalhava, além de manter as ameaças recorrentes contra ela e a família.

A família afirma que procurou ajuda das autoridades em diferentes momentos, registrando ocorrências e denunciando o descumprimento da medida protetiva. A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil e aguarda retorno sobre o caso e sobre eventuais providências adotadas antes e depois do crime.

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