CPMI do INSS investiga esquema bilionário de descontos ilegais em benefícios

Os trabalhos da CPMI do INSS são retomados nesta segunda-feira (20), com foco nas investigações sobre descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas. O colegiado do Congresso ouvirá o ex-presidente do Amar Brasil Clube de Benefícios, Felipe Macedo Gomes, e a ex-integrante do Conselho Nacional de Previdência Social, Tonia Andrea Inocentini Galleti.

CPMI do INSS inicia a semana com novas audiências.

Foto: Agência Senado

Investigado por suposto esquema bilionário

Felipe Gomes é citado em investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União. Segundo os órgãos, ele é apontado como um dos principais operadores de um suposto esquema que teria movimentado mais de R$ 1,1 bilhão entre 2022 e 2024. A associação da qual era dirigente está sob suspeita de realizar descontos de até 2,5% em benefícios previdenciários, em milhares de casos sem a devida autorização dos beneficiários.

Denúncias e pedidos de regulação

Tonia Galleti foi chamada para explicar aos parlamentares as razões pelas quais denúncias encaminhadas ao Conselho de Previdência Social não avançaram. Ela deverá detalhar os obstáculos enfrentados para discutir a necessidade de regras específicas para convênios entre o INSS e entidades como associações e sindicatos, normalmente formalizados por meio dos chamados Acordos de Cooperação Técnica.

Oitiva requerida por diferentes partidos

A convocação de Galleti partiu de senadores e deputados de variados partidos, incluindo Izalci Lucas (PL-DF) e Damares Alves (Republicanos-DF). Para Izalci, compreender as falhas no processo decisório interno da Previdência é crucial para apurar como se estabeleceu um ambiente vulnerável a práticas ilícitas.

Com essas oitivas, a CPMI aprofunda apurações sobre um dos mais expressivos escândalos recentes relacionados a irregularidades nos benefícios do INSS.