Os bairros com maior incidência de interdições incluem Bethânia, Vila Celeste, Chácaras Oliveira, Granjas Vagalume, Jardim Panorama, Caravelas, Canaã, Limoeiro, Bom Jardim, Esperança, Taúbas e Chácaras Madalena. Durante as ações de campo, equipes da Defesa Civil atuam ao lado de assistentes sociais que orientam as famílias sobre o acesso ao benefício do aluguel social, oferecido pela prefeitura. Esse suporte garante que os moradores afetados tenham condições mínimas de segurança após a retirada.

Segundo Brayann Urils Azeredo, engenheiro e gerente da Defesa Civil de Ipatinga, as vistorias são rigorosas e visam prevenir o pior cenário possível durante a estação chuvosa. “Quando há risco iminente de colapso, a área é imediatamente interditada. Se houver resistência à desocupação, notificamos os moradores e, se necessário, acionamos o Ministério Público”, destacou. O trabalho da Defesa Civil é voltado, prioritariamente, para a preservação da vida. Antes do período mais intenso de chuvas, o foco recai sobre regiões com instabilidade geológica, como encostas e áreas com fissuras ou histórico de deslizamentos.

Para amparar as famílias retiradas, o município oferece o benefício do aluguel social. Inicialmente fixado em R$ 450, o valor foi reajustado para R$ 600 após os acontecimentos de janeiro. O auxílio é pago por seis meses, com possibilidade de prorrogação, e é destinado a proprietários ou possuidores dos imóveis interditados. Com a antecipação dessas medidas, a prefeitura busca garantir que todos os moradores de áreas de risco estejam em segurança antes das chuvas mais intensas previstas para os próximos meses. A operação preventiva continua em andamento, e a meta é assegurar que nenhuma família permaneça em locais com risco iminente à vida.