Uma jovem de 22 anos foi morta a golpes de facão pelo namorado, de 37, na noite desta quarta-feira (15), em Nanuque, no Vale do Mucuri. O crime ocorreu dentro da casa do suspeito, no bairro Jardim das Acácias, e foi presenciado pela mãe dele, que tentou impedir a violência. O homem fugiu após o assassinato, mas foi localizado e preso algumas horas depois em Mucurici, no Espírito Santo.

Dinâmica do crime e tentativa de intervenção

Segundo o boletim de ocorrência, Maria Eduarda Ferreira Ribeiro acompanhou o namorado até a residência. Após entrarem no quarto, a mãe e o padrasto do suspeito permaneceram na sala. Cerca de uma hora depois, gritos de socorro vindos do quarto foram ouvidos pelo padrasto, que tentou entrar, mas encontrou a porta trancada. Pela janela, ele presenciou o homem esganando Maria Eduarda.

A mãe do autor correu até o cômodo e tentou interceder, pedindo para que o filho interrompesse o ataque. O suspeito afirmou que iria “matar a mulher e se matar”, segundo o relato registrado.

Resistência dos familiares e escalada da violência

O padrasto e a mãe conseguiram invadir o quarto pela janela e separar o casal. Entretanto, o homem foi até a cozinha, pegou uma faca, feriu o próprio abdômen e retornou. Armado, tentou investir novamente contra a vítima, mas foi contido pelos familiares. Diante da situação, a mãe trancou a porta na tentativa de impedir que o agressor voltasse ao quarto.

No entanto, o suspeito pegou um facão, arrombou a porta e atacou Maria Eduarda com vários golpes, atingindo o tórax, braço, lateral do corpo, perna e nádega esquerda. Conforme relatos das testemunhas, a mãe implorou para que ele parasse, mas o agressor ignorou os pedidos.

Fuga, confissão e investigação

Após cometer o crime, o homem utilizou um lençol para tentar limpar parte do sangue, trocou de roupa e fugiu de carro. As polícias militares de Minas Gerais e Espírito Santo iniciaram uma operação conjunta, conseguindo localizá-lo em Mucurici (ES), a cerca de 40 quilômetros de Nanuque.

Durante o interrogatório, o suspeito confessou o assassinato, alegando ciúmes após ver mensagens no celular de Maria Eduarda. Ele foi encaminhado para atendimento médico em Nanuque e, posteriormente, levado à Delegacia de Polícia Civil. O caso é investigado como feminicídio consumado.

O corpo de Maria Eduarda foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Teófilo Otoni para os procedimentos legais.