Separação de Cocielo e Tata reacende debate sobre 'crise dos 7 anos'

O anúncio do fim do casamento dos influenciadores Júlio Cocielo e Tata Estaniecki reacendeu a discussão sobre a chamada “crise dos 7 anos”. O tema, recorrente nas redes sociais, voltou à tona após Cocielo confirmar a separação nesta sexta-feira (17).

Crise anunciada e repercussão nas redes

Em maio, Cocielo já havia mencionado publicamente uma fase difícil no relacionamento, justamente ao citar a “crise dos sete anos”. Na ocasião, o casal comemorava bodas e o youtuber publicou em tom de brincadeira: “Sete anos casados e oito anos juntos, ou seja: acabou a CRISE DOS 7, né?!”. Apesar do clima leve, Cocielo refletiu sobre diferenças na relação, afirmando que “tem coisas que não mudam, e nem têm que mudar. O que aparenta ser ‘defeito’ de um é o que completa o outro”.

Nos comentários, o apresentador Marcos Mion aconselhou o casal com humor e ponderação: “Aproveitem até começar a dos 9! Brincadeira! Nada disso existe. Dividir a vida é uma conexão eterna, balanceando entre plenitude e crise com elegância e fé. Se ficar flat é porque o coração parou. Aí que não vale! Sejam felizes sempre!”.

Especialistas comentam o fenômeno

O debate sobre a existência da “crise dos 7 anos” ganhou ainda mais força após a separação. O portal LeoDias ouviu a psicóloga Mariane Pires Marchetti, especialista em terapia de casais, que avaliou o conceito como algo simbólico, mais do que científico. Segundo ela, a psicologia identifica que, após alguns anos de convivência, é comum os casais passarem por fases de questionamento e desgaste, exigindo reajustes na relação.

O número sete é mais simbólico do que científico. O que a psicologia mostra é que, depois de alguns anos de convivência, é comum que os casais passem por fases de questionamento, desgaste e necessidade de reajuste. Mariane Pires Marchetti

De acordo com a especialista, os primeiros anos costumam ser marcados por paixão e novidades, mas com o tempo a rotina se instala, trazendo desafios à convivência e à comunicação.

Para ela, a crise pode ser entendida como um momento de amadurecimento e fortalecimento dos laços, caso o casal passe por ela com diálogo e maturidade.

A influência da espiritualidade

Além do olhar psicológico, a astrologia e a espiritualidade também são apontadas como fatores relevantes nesse tipo de crise. A astróloga Márcia Sensitiva apontou que, para alguns casais, o sétimo ano representa um chamado espiritual. Questões como desgaste, rotina, problemas não resolvidos e diminuição da paixão são fatores que contribuem para o desgaste do relacionamento.

Ela destacou ainda que a diferença entre a forma como os parceiros lidam com a espiritualidade pode, em alguns casos, provocar afastamento ou até separar o casal.

Casais famosos e a passagem dos sete anos

O cenário recorrente aos sete anos de relação já marcou outros casais conhecidos. Em 2023, Cauã Reymond e Mariana Goldfarb puseram fim ao casamento após sete anos juntos. Sabrina Sato e Duda Nagle também anunciaram a separação em 2023 ao completarem o mesmo tempo de noivado. À época, Sabrina registrou que “deixaram de ser um casal, mas continuaram unidos no amor e no cuidado com a filha”.

Jesus Luz e Carol Ramiro, juntos por sete anos, se separaram em 2022. Já Ticiane Pinheiro e Roberto Justus encerraram o relacionamento em 2013, após começarem a namorar em 2005 e se casarem um ano depois, também completando o ciclo dos sete anos.

Ruptura não é regra

Segundo os especialistas, a “crise dos 7 anos” pode representar um período de transformação e amadurecimento na vida a dois, mas não é uma sentença. O importante é perceber as necessidades do relacionamento e buscar caminhos para atravessar os desafios, seja com diálogo, maturidade ou apoio profissional.