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Serial killer: universitária confessa envenenamento de pessoas e cães

Suspeita admite envolvimento em quatro homicídios e morte de cães por envenenamento; outros nomes também são investigados e trio segue preso preventivamente.

16/10/2025 às 11:28 por Redação Plox

A universitária investigada como "serial killer" por envenenar e matar quatro pessoas em São Paulo e no Rio de Janeiro confessou, durante interrogatório, também ter utilizado “chumbinho” para tirar a vida de cachorros. Ela encontra-se presa enquanto a Polícia Civil de Guarulhos aprofunda as investigações, inclusive com acesso a vídeos que documentam seu depoimento.


A investigada Ana Paula Veloso Fernandes confessou em depoimento à polícia ter assassinado duas pessoas: o pai de uma amiga e o proprietário da casa onde morava.


Ana Paula Veloso Fernandes

Ana Paula Veloso Fernandes

Foto: Reprodução

Detalhes das confissões e motivações

Segundo a investigação, Ana Paula admitiu ter matado Marcelo Hari Fonseca após uma briga relacionada a supostas ameaças. Ela também afirmou ter mentido sobre um relacionamento amoroso com ele para tentar permanecer no imóvel, localizado em Guarulhos (SP). A polícia trabalha com a hipótese de que o interesse pela residência motivou a aproximação e o crime.
A outra morte, confirmada pela própria Ana Paula, foi de Neli Correa da Silva. Ela declarou ter sido contratada pela filha da vítima, Michelle Paiva da Silva, para cometer o crime no Rio de Janeiro, utilizando veneno na comida de Neli.


Ana Paula Fernandes sorri enquanto é interrogada pela polícia. Ela é vista como uma 'serial killer' pela investigação.

Ana Paula Fernandes sorri enquanto é interrogada pela polícia. Ela é vista como uma 'serial killer' pela investigação.

Foto: Reprodução

Relação da suspeita com as vítimas

Entre as vítimas identificadas nas investigações estão:


  • Marcelo Hari Fonseca: proprietário da casa onde Ana Paula morava; foi morto após desentendimentos e alegadas ameaças. Após o crime, Ana Paula teria inventado um relacionamento com ele para tentar permanecer no local.
  • Maria Aparecida Rodrigues: tinha um vínculo romântico com a suspeita. Ana Paula teria usado a linha telefônica de Maria horas antes da morte para induzir a polícia a suspeitar de outras pessoas.
  • Hayder Mhazres: conhecido por meio de aplicativo de relacionamento, foi planejado o assassinato após ele rejeitar uma gravidez que, segundo a polícia, Ana Paula teria simulado.
  • Neli Correa da Silva: assassinada por envenenamento supostamente a mando da filha, mediante promessa de recompensa.

Denúncia e tramitação judicial

A denúncia contra Ana Paula foi recebida integralmente pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, incluindo quatro acusações de homicídio triplamente qualificado. Inicialmente, apenas os crimes ocorridos em Guarulhos haviam sido aceitos, mas posteriormente a vara decidiu incluir todos os casos no mesmo processo.


Além disso, os crimes teriam ocorrido entre janeiro e maio de 2025, envolvendo vítimas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Há ainda um agravamento da denúncia em relação à morte de Neli, em que foi apontada a existência de causa de aumento de pena.

Uso de veneno e maus-tratos a animais
Ana Paula Veloso Fernandes foi detida sob a acusação de envenenar e assassinar quatro indivíduos. Um laudo do IC atestou a presença de inseticida (mostrado à esquerda e à direita) em um frasco que foi descoberto na residência da estudante, situada em Guarulhos, na Grande São Paulo.

Ana Paula Veloso Fernandes foi detida sob a acusação de envenenar e assassinar quatro indivíduos. Um laudo do IC atestou a presença de inseticida (mostrado à esquerda e à direita) em um frasco que foi descoberto na residência da estudante, situada em Guarulhos, na Grande São Paulo.

Foto: Reprodução


Em interrogatório à Polícia Civil, Ana Paula confessou ter usado “chumbinho”, um veneno de uso doméstico, para envenenar cachorros, inclusive um dos animais de sua irmã gêmea. Ela declarou estar ciente dos riscos da substância, utilizada tanto contra animais quanto contra pessoas. Laudos periciais confirmaram a presença do inseticida em frascos encontrados na casa da suspeita.


A Polícia Civil investiga a morte de pelo menos 14 cães, incluindo dez filhotes da irmã de Ana Paula e quatro adultos do ex-marido. Relatos trazidos à investigação sugerem episódios de maus-tratos detalhados pela própria suspeita.

Resgate de animais e perícia

Durante as buscas, a polícia apreendeu “terbufós”, um agrotóxico classificado como possível substância usada nos envenenamentos. Três cães adultos – Luna, Selena e Bob – foram resgatados com vida e levados para um abrigo municipal.

Os cachorros se encontram para adoção... [para] quem tiver interesse em ajudar esses cachorros que presenciaram coisas horríveis e foram vítimas de maus-tratos. – Delegado Halisson Ideiao Leite

Kiara e Thor são dois dos cães (em destaque) que, conforme afirma o ex-marido de Ana Paula Fernandes, foram envenenados e assassinados por ela.

Kiara e Thor são dois dos cães (em destaque) que, conforme afirma o ex-marido de Ana Paula Fernandes, foram envenenados e assassinados por ela.

Foto: Reprodução

Relatos do ex-marido e ameaças anteriores

O ex-marido de Ana Paula relatou ter perdido quatro cães, supostamente envenenados pela investigada no período em que viveram juntos no Rio de Janeiro. Segundo ele, o relacionamento foi marcado por agressividade, destruição da residência e ameaças com o uso de uma marreta. Registros fotográficos mostram Ana Paula com um martelo próximo à residência dele em 2023.


Ana Paula Fernandes é vista com um martelo em mãos, enquanto seu ex-marido a acusa de ter ido à sua casa no estado do Rio de Janeiro para ameaçá-lo em 2023.

Ana Paula Fernandes é vista com um martelo em mãos, enquanto seu ex-marido a acusa de ter ido à sua casa no estado do Rio de Janeiro para ameaçá-lo em 2023.

Foto: Reprodução

Prisão e desdobramentos do caso

A prisão de Ana Paula ocorreu em julho. Sua irmã, Roberta, também foi detida, em agosto, e Michelle Paiva da Silva – filha de uma das vítimas – foi presa em outubro por participação no assassinato do próprio pai. As investigações continuam, apurando não só os homicídios, mas também possíveis crimes de maus-tratos a animais. As defesas das acusadas não se manifestaram até o momento.

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