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Começou na manhã desta terça-feira, 14, o julgamento dos seis homens acusados de envolvimento em dois homicídios e uma tentativa de assassinato, ocorridos no bairro Planalto II, em Ipatinga, em maio de 2024. O Tribunal do Júri foi instalado por volta das 9h na Câmara Municipal da cidade e conta com segurança reforçada e presença de familiares das vítimas.
O caso envolve Gabriel Mendes Ernesto (“Gaguinho”), Lion Neres da Silva (“Leozinho”), Wesley Teixeira Amorim, Guilherme Souza Drumond, Brendo Washington Ferreira Alves e Waquiler Rodrigo Costa Bicalho, todos acusados de integrar uma organização criminosa. As vítimas foram Gabriel Alves Araújo e Vitor Rodrigues dos Santos, mortos a tiros, e Carlos Sérgio Dimas da Silva, que sobreviveu após ser baleado. As armas utilizadas incluíam espingarda calibre 12, pistolas e revólver.
O promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, responsável pela acusação, destacou que o crime foi cometido com extrema violência, em via pública e por motivo torpe.
“Essas quadrilhas estão tentando se infiltrar na nossa cidade. Esse julgamento precisa representar a resposta firme da Justiça frente a esse tipo de violência”, afirmou.
As investigações apontam que a motivação do crime está relacionada à disputa territorial entre facções rivais pelo controle do tráfico de drogas na região. Um dos elementos-chave da acusação é uma carta que circulou no bairro, considerada provocação por parte das vítimas. O Ministério Público alega que os réus atribuíram a autoria dessa carta às vítimas e decidiram executá-las como forma de retaliação.
“Mesmo com o passado dele, não há provas que justifiquem uma condenação. Há dúvidas importantes, e vamos demonstrar que ele não estava no local e não participou da ação”, explicou Gustavo.
Eles também contestam o uso da carta como motivação, alegando que perícia realizada pela Polícia Civil com uso de inteligência artificial apontou que cerca de 80% do conteúdo foi produzido por um sistema como o ChatGPT. Segundo a defesa, as vítimas, oriundas de Governador Valadares, não tinham residência fixa na cidade nem acesso a celular ou computador, o que descaracterizaria a autoria da carta atribuída a elas.
O julgamento deve seguir ao longo do dia com a oitiva de testemunhas e apresentação dos argumentos das partes. A previsão é de que os trabalhos se estendam até a quarta-feira (15). A expectativa é alta, já que o caso representa um dos episódios mais graves de violência urbana registrados recentemente em Ipatinga.
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