Por Plox
01/02/2021 19h21 - Atualizado há mais de 1 anoEm Washington, nos Estados Unidos, a vacina contra a Covid-19 virá acompanhada a uma pequena porção de maconha. A campanha, anunciada neste mês, é promovida pelo grupo de ativistas DC Majiruana Justice (DCMJ) e foi chamada de “Joints for Jabs”, ou “baseados por vacinas”, em tradução livre.
A distribuição ocorrerá a adultos em locais de vacinação da capital estadunidense assim que as campanhas de imunização estiverem em estado mais avançado, com vacinação ampla da população.
O objetivo, conforme o grupo, é celebrar o “momento histórico”, agradecer a quem resolveu se vacinar, encorajar que pessoas decidam pela imunização e, claro, dar visibilidade às causas do DCMJ. Adam Eidinger, um dos co-fundadores do grupo, encaminhou nesta semana uma carta à prefeita de Washington, Muriel Bowser, requisitando apoio à campanha.
"Nós estamos cientes de que muitos usuários de cannabis desconfiam de vacinas e da ciência usada para justificar sua distribuição. Nosso objetivo é usar a cannabis como meio de agradecer àqueles que estão recebendo a vacina e encorajar os mais céticos a receberem sua dose”, diz um trecho do texto.
Apesar de a comercialização da maconha ainda ser proibida na capital estadunidense, o cultivo e o uso recreativo e medicinal são permitidos. Com isso, a distribuição gratuita das porções da droga não está em contravenção com a legislação. Eidinger garante que “dezenas” de produtores em Washington vão contribuir para a iniciativa.
Locais e datas de distribuição das porções serão divulgados posteriormente, quando postos de vacinação para a população geral começarem a ser informados pelas autoridades de saúde dos Estados Unidos, informou o DCMJ.
Nos EUA, o uso medicinal da cannabis é permitido em 36 dos 50 Estados, e, em 15, é legalizado o uso recreativo da droga. Contudo, em legislação federal, a maconha ainda é criminalizada.