Por Plox
01/10/2021 15h24 - Atualizado há 11 mesesA farmacêutica MSD anunciou, nesta sexta-feira (1º), que seu remédio experimental contra a Covid-19, o molnupiravir, reduziu as hospitalizações e mortes em pessoas no início da infecção com o coronavírus. O medicamento ainda não está à venda.
Os resultados ainda não foram avaliados por outros cientistas nem publicados em revista científica.
O comprimido age interferindo com uma enzima que o coronavírus usa para copiar seu código genético e se reproduzir. Ele mostrou atividade semelhante contra outros vírus.
Estudos de laboratório mostram que medicamento antiviral oral experimental contra a Covid-19 da farmacêutica MSD (Merck Sharp & Dohme), o molnupiravir, é eficaz contra variantes conhecidas do coronavírus, incluindo a altamente transmissível Delta, dominante no mundo. A empresa anunciou resultados preliminares na quarta-feira (29).
Como o molnupiravir não tem como alvo a proteína spike do vírus — o alvo de todas as vacinas contra Covid-19 atuais —, que define as diferenças entre as variantes, o medicamento deve ser igualmente eficaz à medida que o vírus continua a evoluir, disse Jay Grobler, chefe do Departamento de Infecciosos, Doenças e Vacinas na Merck.
A MSD não informou. O que se sabe até agora é que, nos testes, pacientes que receberam o molnupiravir em até 5 dias após o início dos sintomas da Covid tiveram cerca de metade da taxa de hospitalização e morte em relação aos pacientes que receberam um comprimido inativo.
A eficácia do medicamento não foi afetada pelo tempo de início dos sintomas – dentro desses 5 dias – ou por fatores de risco.
O medicamento também não funciona em pacientes graves.
O estudo, de fase 3, acompanhou 775 adultos com Covid-19 leve a moderada e que foram considerados de maior risco para desenvolver um quadro grave da doença – devido a problemas de saúde como obesidade, diabetes ou doenças cardíacas ou por terem mais de 60 anos.