Primeira cirurgia de tireoide sem corte no pescoço é realizada no Vale do Aço pelo Hospital Márcio Cunha

Procedimento feito por videocirurgia traz mais conforto e segurança aos pacientes

Por Plox

02/08/2021 09h16 - Atualizado há quase 4 anos

A servidora pública, Lídia Armond da Cunha Ribeiro, de 38 anos, foi a primeira pessoa da região do Vale do Aço, em Minas Gerais, a passar por uma cirurgia de retirada da tireoide sem a necessidade de cortes no pescoço. O procedimento conhecido como tireoidectomia transoral foi realizado no Hospital Márcio Cunha em Ipatinga, administrado pela Fundação São Francisco Xavier, no último dia 28 de julho.

A Tireoidectoma Transoral endoscópica por acesso vestibular (TOETVA), é uma técnica cirúrgica para o tratamento de doenças na tireoide. “Ao contrário de outras técnicas invasivas, a TOETVA não necessita de corte na região cervical, não ocasionando cicatriz. Além de causar menos dor e desconforto após a operação, o método possui grande vantagem estética”, explica o cirurgião de cabeça e pescoço da Fundação São Francisco Xavier, Clineu Gaspar Hernandes Junior, que foi responsável por conduzir a cirurgia.

 

Foto: Divulgação FSFX

 

O cirurgião ainda esclarece que a técnica de retirada da tireoide por via transoral é minimamente invasiva. “Ela é realizada por meio de três pequenos cortes (de 5 a 10 mm) entre o lábio inferior e a gengiva inferior. O procedimento é feito com o auxílio de um equipamento de videocirurgia e possibilita a remoção completa da glândula tireoide com segurança”. E acrescenta: “pela cirurgia convencional era feita uma incisão na região do pescoço o que acabava incomodando esteticamente alguns pacientes”.

A cirurgia, de acordo com Dr. Clineu Gaspar é indicada para retirada de tireoides de volume pequeno com nódulos malignos menores do que 2 cm ou benignos menores do que 4 cm. Segundo o cirurgião, ainda são analisados outros critérios que levam em conta comorbidades, se tem ou não algum agravo na saúde, idade, entre outros.

 

Foto: Divulgação FSFX

 

Lídia descobriu um câncer de tireoide no início de abril. Viúva e com um filho de 10 anos para criar, a servidora passou por momentos difíceis até chegar ao Hospital Márcio Cunha e ficar sabendo da nova técnica. “O médico conversou comigo e me explicou sobre a nova cirurgia. Eu fiquei muito animada. Foi tudo muito tranquilo. Me internei no dia 28 e saí no dia 29 pela manhã porque fiquei em observação depois da cirurgia. Não senti nada. Deu tudo certo. Retiraram toda a tireoide. Estou sem dores e só tenho a agradecer a Deus e ao doutor que me operou”, comemora.

 Uma das grandes vantagens da cirurgia transoral é a ausência de cicatriz. “Pode parecer bobagem, mas muitos pacientes ficam com autoestima baixa com a cicatriz no pescoço. A gente conseguir proporcionar menos dor, segurança e estética são essenciais para o paciente”, comenta o cirurgião.  Para Lídia foi muito especial tratar uma doença e ainda não ter a cicatriz. “Foi uma benção. Eu sou vaidosa, eu me cuido. Claro que faria a cirurgia convencional se fosse preciso, mas tudo foi muito bom. Além disso, quando não se tem a cicatriz, a gente não precisa ficar explicando o que ocorreu. Eu sou uma pessoa discreta”, revela. 

Para o Dr. Clineu Gaspar a realização da cirurgia leva tecnologia e segurança à população da região de abrangência do Márcio Cunha e ainda confirma a importância do Hospital Márcio Cunha para o Vale do Aço e Minas Gerais.  “É um marco não só para o Hospital, mas para todo o Vale do Aço, o leste de Minas e a região de abrangência do HMC.  A técnica relativamente inovadora, minimamente invasiva com benefícios para o paciente nos coloca no mesmo patamar dos grandes centros que fazem essa cirurgia”, conclui.


 

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