Funcionário desvia R$ 500 mil de empresa para apostas no ‘Tigrinho’ e é investigado por furto e associação criminosa
Jovem admitiu ter usado valores para sustentar vício em jogos e já devolveu R$ 200 mil; auditoria investiga a extensão do prejuízo
Por Plox
03/11/2024 08h41 - Atualizado há 7 meses
Um funcionário de 26 anos, empregado há quatro anos em uma empresa de Baixa Grande do Ribeiro, Piauí, confessou ter desviado R$ 500 mil dos cofres da empresa para sustentar um vício em jogos de azar, especificamente em uma plataforma chamada "Tigrinho". O caso foi registrado na última sexta-feira (1º) pela Polícia Civil, após a denúncia de furto qualificado feita pela própria empresa. O delegado Marcos Halan está conduzindo as investigações, que envolvem também suspeitas de associação criminosa devido à possibilidade de envolvimento de outras pessoas no esquema.

Confissão e detalhes do crime
O jovem, que procurou a delegacia voluntariamente junto ao seu advogado, afirmou que começou a desviar os recursos na esperança de obter ganhos por meio das apostas. Segundo o delegado Halan, em um único dia, ele chegou a transferir R$ 140 mil para a plataforma de jogos. O funcionário também teria recorrido a empréstimos para manter as apostas. "Na delegacia já vêm ocorrendo alguns casos de crimes associados ao vício em jogos, mas este se destaca pelo valor expressivo desviado", informou o delegado, ressaltando o impacto financeiro do crime.
Investigação e tentativa de ressarcimento
A empresa já havia identificado inconsistências nas contas e formalizou a denúncia junto à Polícia Civil, estimando que os valores desviados possam ultrapassar os R$ 600 mil. Após a confissão do jovem, uma auditoria foi requisitada para apurar com precisão o montante exato do prejuízo. Apesar de sua confissão, ele não foi preso devido à sua cooperação com as autoridades. O delegado Halan explicou que o funcionário responderá por furto qualificado por abuso de confiança e associação criminosa.
O funcionário informou que deseja reparar o prejuízo e já conseguiu devolver R$ 200 mil aos cofres da empresa.