Por Plox
03/12/2020 11h39 - Atualizado há mais de 1 anoA pandemia de covid-19 impediu Arminda Furtado de Oliveira, 72, de conhecer dois novos membros de sua família: o bisneto, de 8 meses, e o trineto, de 5 meses de vida. "Se tivesse carro, eu iria. Mas como tem que enfrentar ônibus, melhor não sair", pondera.
"Para mim, a pior coisa foi ter que ficar enfurnada dentro de casa. Eu gosto de sair, de viajar. No ano retrasado, fui até para a Bahia", conta.
O isolamento social precisa ser ainda mais rígido para Arminda, já que ela faz parte do grupo de risco da covid-19. No entanto, ela só vai ser contemplada na segunda fase do plano de vacinação contra a covid-19, conforme já foi comunicado pelo Ministério da Saúde.
Ela mora na Praia Grande, no litoral de São Paulo, junto com o marido, e diz que não se sente sozinha porque recebe mensagens todos os dias e faz chamadas de vídeo com outros membros da família, mas, mesmo assim, espera ansiosamente por uma vacina contra a doença causada pelo coronavírus.
As viagens e idas à academia foram trocadas pelo jogo de palavras cruzadas. Sair agora só para ir ao mercado e ao médico, sempre de máscara e levando álcool em gel na bolsa. Na manhã de ontem, Arminda também se permitiu caminhar na orla da praia. "No dia que dá na telha, eu vou", resume.