Governo cria onda roxa no Minas Consciente e decreta fechamento em duas regiões do Estado

Segundo o Governo do Estado, o objetivo das medidas é restabelecer a capacidade de assistência hospitalar do Triângulo Norte e Noroeste

Por Plox

04/03/2021 06h07 - Atualizado há cerca de 3 anos

Para conter a evolução da pandemia, restabelecer com velocidade a capacidade de assistência hospitalar das macrorregiões Noroeste e Triângulo do Norte e preservar a vida, o Governo de Minas decreta o fechamento dessas duas macrorregiões de Saúde do Estado. A determinação foi aprovada nessa quarta-feira (3) pelo Comitê Extraordinário Covid-19, grupo que se reúne semanalmente para avaliar os indicadores da doença no estado.

 

 

As 60 cidades que compõem as duas localidades passarão para a onda roxa do Minas Consciente, faixa criada para contemplar as medidas mais severas de restrição, como toque de recolher das 20h às 5h e aos finais de semana.

As regras incluem ainda a proibição de circulação de pessoas sem o uso de máscara de proteção, em qualquer espaço público ou de uso coletivo, ainda que privado; a proibição de circulação de pessoas com sintomas gripais, exceto para a realização ou acompanhamento de consultas ou realização de exames médico-hospitalares; a proibição de realização de reuniões presenciais, inclusive de pessoas da mesma família que não coabitam; além da realização de qualquer tipo de evento público ou privado que possa provocar aglomeração, ainda que respeitadas as regras de distanciamento social. As normas passam a valer nesta quinta-feira (4/3), após a publicação no Diário Oficial do Estado.

Outra três regiões mineiras – Norte, Triângulo do Sul e Leste do Sul – também estão em estado de alerta e poderão ser fechadas, caso apresentem piora nos indicadores. O monitoramento é feito diariamente.

 

Responsabilidade

A determinação do Comitê Extraordinário Covid-19 pelo fechamento nas regiões inseridas na onda roxa do plano Minas Consciente tem como objetivo evitar o colapso do sistema de Saúde no estado e garantir que não falte assistência médica a nenhum mineiro. Diferentemente da adesão opcional das prefeituras ao plano nas demais ondas, na fase roxa o caráter impositivo se deve ao risco de saturação e à necessidade de reestabelecer a capacidade de assistência hospitalar nas duas macrorregiões para não comprometer a rede assistencial em todo o estado.

Em alguns municípios mineiros já foi necessária a transferência de pacientes para outras regiões, o que afeta o atendimento no estado de uma forma geral.  

 

Taxa de ocupação de leitos

Desde a última sexta-feira (26/2), o estado apresentou um relevante aumento na taxa de ocupação de leitos.  As macrorregiões Triângulo do Norte e Noroeste, que passarão para a fase roxa, estão, ambas, com 85% de ocupação dos leitos de UTI Covid.

Atualmente, estão cadastrados no SUS fácil, em Minas Gerais, 4.100 leitos de UTI e a taxa de ocupação geral desses leitos é de 71,1

Abertura de leitos

Desde o início da pandemia, o Governo de Minas praticamente dobrou o número de leitos de UTI, passando de 2.072 para mais de 4 mil.

 

Foto: divulgação/ Governo de MG

 

 

Onda roxa

Nessa fase, só será permitido o funcionamento de serviços essenciais e a circulação de pessoas fica limitada aos funcionários desses estabelecimentos. O deslocamento para qualquer outra razão deverá ser justificado e a fiscalização será feita com o apoio da Polícia Militar.

 

Foto: divulgação/ Governo de MG

 

São considerados serviços essenciais em Minas:

Alimentos, Agropecuária e Agroindústria (excluídos bares e restaurantes);

Serviços de Saúde (atendimento, indústrias, veterinárias, etc);

Bancos e seguros;

Transporte público;

Energia, gás, petróleo, combustíveis e derivados;

Manutenção de equipamentos e veículos;

Construção civil;

Indústrias (apenas da cadeia de Atividades Essenciais);

Lavanderias;

Imprensa;

Serviços de TI, dados, imprensa e comunicação;

Serviços de interesse público (água, esgoto, funerário, correios etc.).
 

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