Acusado injustamente, Max conta ao Plox detalhes de sua prisão no Vale do Aço
Após quase 20 dias preso, Max foi solto nessa terça-feira (3)
Por Plox
04/08/2021 15h31 - Atualizado há quase 4 anos
Nesta quarta-feira (4), o motoboy Maxsuel Vieira Ribeiro, mais conhecido como Max, de 35 anos, conversou com o Plox e falou sobre a situação que passou de ter sido preso por um crime que não cometeu.
Após quase 20 dias preso, Max foi solto nessa terça-feira (3). Ele foi acusado de assaltar uma mulher no dia 17 de julho e outra no dia 6 do mesmo mês.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, depois da conclusão do inquérito e do indiciamento de Max, a delegada pediu a soltura dele, por entender que Max não era o autor do crime. O Ministério Público se manifestou a favor e o juiz protocolou a decisão
Além da prisão, Max também falou sobre a felicidade de ver várias pessoas lutando por ele, por confiarem em seu caráter, fazendo campanha para que ele fosse solto, principalmente nas redes sociais.

“Quando eu saí, fiquei muito surpreso. São muitas pessoas, de tantos lugares e do bairro, que fizeram uma movimentação intensa, que fizeram festa, que me receberam, que me elogiaram, que fizeram de tudo para que eu me sentisse bem ao sair daquele lugar”, disse Max.
Veja na íntegra, a entrevista:
Depois de muita insistência e protesto realizado por familiares e amigos, eles comemoram a soltura de Max, que foi recebido com festa no bairro Parque Caravelas, onde mora, em Santana do Paraíso, Minas Gerais.
A irmã de Max, Rafaela Vieira, agradeceu o apoio de todos os amigos. “Como família, é uma satisfação e emoção enorme está participando deste momento. Só mesmo Deus sabe de como foi árdua a luta, o quanto a gente lutou, suou mesmo, para poder tirar ele lá de dentro”, afirmou. “Ele está bem, está tranquilo. A gente vai tentar agora cuidar da parte psicológica dele", completou.
ENTENDA O CASO
Maxsuel foi preso no dia 17 de julho deste ano, depois de ser identificado por duas mulheres, como autor de dois roubos, um que aconteceu no bairro Parque Caravelas, em Santana do Paraíso, e outro que ocorreu no bairro Veneza, em Ipatinga, cidade vizinha.

Mas, familiares e amigos do homem se juntaram e se manifestaram contra a prisão. Isso porque, segundo pessoas próximas, no dia em que foi preso, ele estava trabalhando como mototaxista, inclusive, estava com uma cliente na garupa. Os relatos ainda dão conta de que Max não estava com os materiais roubados e ele negava a todo momento ser o autor do roubo. No boletim de ocorrência, a vítima diz que o autor era um homem negro e com cerca de 1,80 de altura, no entanto, familiares disseram que Max mede cerca de 1,60.
Após sua prisão, os vizinhos e comerciantes do bairro fizeram protesto e reforçaram sua inocência e integridade. A justiça negou por duas vezes a sua soltura. Durante todo o processo, amigos disseram que reuniram provas de que Max estava trabalhando no momento do crime.