Vítimas do ataque em creche são sepultadas sob forte comoção

Três bebês e duas funcionárias foram mortas após golpes de facão

Por Plox

05/05/2021 11h43 - Atualizado há cerca de 4 anos

As cinco pessoas mortas na tragédia do atentado à creche tiveram velório e enterro coletivo nesta quarta-feira (5). Três bebês, uma jovem e uma professora foram as vítimas fatais do ataque ocorrido em Saudades-SC, na manhã da terça-feira (4). 

Os corpos das vítimas foram reconhecidos pelas famílias no Instituto Geral de Perícias (IGP) da cidade de Chapecó. De acordo com a perícia, elas sofreram, pelo menos, cinco golpes de facão. 

Além das cinco vítimas, um bebê de um ano e oito meses também foi atingido com golpes de facão e precisou passar por cirurgia e permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O menino teve cortes na barriga, nos lábios, na bochecha e teve o pulmão perfurado.

De acordo com as informações, uma professora que não estava no local na hora do ataque contou que, segundo relatos, as funcionárias esconderam as crianças no momento do crime. 

"Elas viram que estava acontecendo alguma coisa, conseguiram levar todos [alunos] para o fraldário e botar debaixo do mármore e uma ‘profe’ conseguiu segurar a porta, ele tentou abrir, mas daí no fim ele [agressor] acabou desistindo. Elas começaram a fechar as janelas para tentar se proteger", contou Aline Biazebetti. 

Quem são as vítimas?

Foto: redes sociais

 

Keli Adriane Aniecevski, 30 anos, professora

Mirla Renner, 20 anos, agente educacional na escola

Foto: redes sociais

 

Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses

Anna Bela Fernandes de Barros, de 1 ano e 8 meses

Murilo Massing, de 1 ano e 9 meses

A secretária de Educação de Saudades, Gisela Hermann, relatou que “foi uma cena de terror”. "Chegamos lá, uma cena de terror. Consegui entrar na escola. Tinha um cara deitado no chão, mas ainda vivo, uma professora morta, uma criança morta também. A sala estava fechada, não deixaram a gente entrar”, contou à imprensa. 

Homenagens 

Durante a tarde da terça-feira (4), moradores prestaram homenagens às vítimas com flores e fotos na porta da creche. 

Uma das primeiras profissionais a atender as vítimas, a técnica de enfermagem Elaine Niellderle também esteve no local prestando homenagens. 

Foto: reprodução/Sirli Freitas/arquivo pessoal

"O primeiro atendimento foi de uma criança que já estava morta. [No começo] achamos que era um acidente. Mas depois gritaram e falaram que tinham mais. Nós perguntamos o que estava acontecendo. E falaram que era na creche. E daí foi vindo mais gente", contou ela à imprensa. 

"Todo dia a gente escutava as crianças. A gente sente [pelas famílias]. Decidimos vir enfeitar um pouco. Para homenagear as mães, mas não tem o que falar. É muito triste acontecer isto", concluiu Elaine.


 

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