Mulher que está em coma há 21 anos pode ser mineira desaparecida

Ministério Público investiga se a criança é a mulher que está em coma e sem documentos

Por Plox

05/08/2021 11h37 - Atualizado há mais de 2 anos

O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) investiga se a mulher que está em coma há 21 anos, conhecida como “Clarinha”, pode ser a mesma criança mineira que foi sequestrada em Guarapari, em 1976. Ela está internada em um Hospital da Polícia Militar (HPM), em Vitória, desde junho de 2000.

Uma equipe de papiloscopistas estava operando no estado em 2020 e pediu a autorização para ajudar no caso. O trabalho realizado foi de comparação facial, com base no banco de dados de pessoas desaparecidas e que possam ter características semelhantes. 

“A partir dessas buscas, chegou-se ao caso de uma criança de 1 ano e 9 meses desaparecida em Guarapari, em 1976. Na época dos fatos, a família dela, que é de Minas Gerais, passava férias no Espírito Santo. Para a confirmação das semelhanças físicas entre a menina desaparecida e 'Clarinha', foi solicitada a realização de exame de reconhecimento facial por uma empresa especializada neste trabalho localizada no Paraná”, relatou em nota o Ministério Público.

 

“Clarinha”. Foto: Reprodução/ Vídeo

 

O exame realizado teve semelhança com a criança desaparecida em 1976, por isso as investigações se intensificaram e o MP solicitou um perfil genético de Clarinha.

"Após essa coleta mais recente, iniciada com o processo de comparação facial, o MPES enviou o material genético para a Polícia Civil de Minas Gerais, que mantém arquivado o perfil genético dos pais da criança desaparecida em Guarapari. O Ministério Público capixaba solicitou a comparação entre os perfis genéticos e, neste momento, aguarda o resultado dos procedimentos adotados pela Polícia Civil mineira", concluiu o MP.

Acidente

Em junho de 2000, Clarinha foi atropelada no Centro de Vitória. A menina foi socorrida na época já desacordada e sem documentos que comprovassem de quem se tratava. Segundo a polícia, não se sabe ao certo o local e o veículo que a atropelou.

Depois de ser socorrida, Clarinha foi levada ao Hospital São Lucas, na capital do Espírito Santo, ficando cerca de um ano. Depois desse período, foi transferida e, desde então, segue em coma no Hospital da Polícia Militar.

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