PEC da transição é aprovada com ampla vantagem; Guedes e Haddad se encontram
PEC da Transição, votos dos senadores mineiros, assédio de vereadora em Florianópolis e encontro de Haddad e Guedes são alguns dos assuntos abordados no programa de hoje
Por Plox
08/12/2022 16h55 - Atualizado há mais de 2 anos
Nesta quinta-feira (8) acontece mais um ‘Politicando’ em seu horário habitual de sempre, a partir das 17h, para trazer as novidades do cenário político nacional e regional. O programa de hoje, como sempre, está repleto de assuntos que serão abordados por Brenda Colen, Vanessa Peixoto e Matheus Valadares.
PEC da Transição aprovada
Cogitada desde a confirmação da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 30 de outubro, a PEC da Transição tem sido tratada como a principal forma do futuro governo garantir custear o Bolsa Família no valor de R$ 600,00 e o Benefício Primeira Infância para famílias em situação de pobreza que tenham crianças de até 6 anos de idade. Nessa quarta-feira (7), o Senado aprovou, em dois turnos, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2022, chamada de PEC da Transição. O texto da PEC libera R$ 145 bilhões para serem usados pelo prazo de dois anos. O valor tem como prioridade, A PEC agora segue para a Câmara dos deputados.
A votação no plenário teve ampla vantagem a favor da PEC tanto no primeiro turno, quanto no segundo. No primeiro, foram 64 votos a favor e 16 contra. Em segundo turno foram os mesmos 64 a favor, porém, 13 votos contrários. No segundo, Marcos Rogério (PL-RO), Romário (PL-RJ) e Maria do Carmo Alves (PP-SE) não votaram.
Do total, doze partidos orientaram os seus afiliados a votarem a favor da aprovação da PEC, sendo eles: MDB, PSD, PT, União Brasil, PDT, PTB, PROS, Cidadania, PSB, PSC, Republicanos, REDE. Apenas o PL e Progressistas orientaram os parlamentares a não aprovarem o texto. Já o PSDB e Podemos deixaram livre para cada parlamentar fazer sua escolha. Veja como cada senador votou.
Carlos Viana, que votou contra a PEC da Transição se diz favorável ao Auxílio Brasil
O senador Carlos Viana (PL-MG) disse ter sido uma primeira conquista a aprovação da PEC da Transição na Casa com um valor menor de gastos fora do teto. Viana reafirmou ser favorável ao Auxílio Brasil de R$ 600, mas ressalta a necessidade de que os recursos que extrapolam o teto de gastos sejam bem mais baixos. Durante a votação, por ser contrário ao valor estipulado fora do teto, o senador Carlos Viana votou não à proposta.
"No Senado já conseguimos reduzir de R$ 180 bi para R$ 145 bi. Isso foi uma conquista. Lá na Câmara, o partido PL tentará reduzir esse valor. Entendemos que com aproximadamente R$ 75 bi é possível conceder o Auxílio Brasil de R$ 600 às famílias", disse.
Viana explicou ainda que da forma como foi aprovado, com esse alto valor fora do teto, representa uma irresponsabilidade fiscal gigantesca. "Eu não abro mão do equilíbrio das contas. Como está posta a PEC, o Brasil pode quebrar em dois ou três anos. É preciso responsabilidade com as contas públicas", concluiu Viana.
A PEC da Transição ainda terá de ser votada em dois turnos na Câmara dos Deputados.
Haddad se reúne com Guedes nesta quarta-feira
Cotado para assumir o Ministério da Fazenda, atual ministério da Economia, Fernando Haddad (PT) se encontrou com Paulo Guedes na manhã desta quinta-feira (8).
“Foi uma excelente conversa, muito cordial, muito educada, muito transparente” disse Haddad aos jornalistas após se encontrar com Guedes.
Haddad é o nome mais provável para comandar a economia do país a partir do ano que vem. Foto: PT/Divulgação.
“O plano geral de voo, foi tratado com ele [Guedes] tudo aquilo que ele entende que está legando para o país, tanto aquilo que nós pretendemos fazer a partir do ano que vem. Esse tipo de conversa é muito importante, porque você garante que muitos projetos importantes possam ter continuidade, até quando o Congresso avançou na agenda que importa para o Estado brasileiro”, explicou o ex-ministro da Educação.
“O orçamento do ano que vem não pode ser menor do que o orçamento deste ano. Se o orçamento deste ano já não está sendo suficiente para honrar os compromissos, o orçamento do ano que vem…”, disse Haddad em defesa de se garantir um valor maior de investimento para o ano que vem.
Vereadora é agarrada por trás e beijada a força em Câmara de Florianópolis
A vereadora Carla Ayres (PT) foi vítima de assédio do seu próprio colega de Câmara Marquinhos da Silva (PSC) durante sessão da Câmara Municipal realizada na manhã desta quarta-feira (7). Antes do ocorrido, os dois tiveram uma discussão política e, após a troca de ideias, o parlamentar, que estava sentado, se levantou, abraçou-a por trás e a beijou no pescoço. A petista, instintivamente, afastou o rosto e seguiu caminhando.
Em entrevista à CNN, Ayres disse que ficou surpresa com o ato do parlamentar. “Eu não esperava aquilo, não pedi por aquilo e não dei aquela liberdade”, disse.
A vereadora ainda afirmou que levou um tempo para “cair a ficha” do significado da postura dele. Ela tomará as medidas administrativas contra o vereador e indicou que irá encaminhar uma representação para a mesa diretora solicitando a imediata convocação da Comissão de Ética e as medidas cabíveis à ação do colega. “Estamos estudando também as possíveis medidas na área cível e talvez na criminal.”