Após a suspensão da greve dos servidores públicos de Ipatinga, ficou acordado com o Executivo algumas questões, na última quinta-feira (08), dentre elas, a apresentação de uma proposta de reajuste no mês de setembro.
De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ipatinga (Sintserpi), a administração se comprometeu a fazer folha complementar para reposição do corte dos salários, com isso os dias parados serão acordados ao término das negociações, previstas para setembro.
Uma reunião para apresentação do índice inflacionário está prevista para ocorrer no dia 27 de setembro. Ainda será realizada uma audiência pública na Câmara Municipal para tratar sobre a greve dos servidores.
Ainda segundo o Sintserpi, “a assembleia realizada na sede do sindicato no último dia 07 de julho avaliou que era necessário interromper momentaneamente a greve, para que o diálogo fosse restabelecido e a categoria pudesse avançar, uma vez que nenhum dos lados cedia”.
A Prefeitura de Ipatinga informou, em nota, que “o retorno dos servidores ao trabalho será imediato e as faltas serão compensadas com efetivo trabalho ou banco de horas, a critério do servidor, a partir da conclusão da negociação, o que será fiscalizado pelo município”.
Além disso, “os valores descontados dos servidores que aderiram à greve serão restituídos em folha complementar ainda neste mês de julho, e haverá nova reunião no dia 27 de setembro, momento em que será discutido o índice de reajuste”.
Entenda
No dia 14 de junho, a categoria entrou em greve reivindicando a recomposição salarial, além da recomposição das perdas dos auxílios vale alimentação e vale lanche, que estão congelados desde 2014.
No dia 21, uma reunião foi realizada entre representantes do sindicato e secretários do Executivo, mas ainda de acordo com a presidente do entidade, a administração não chegou a apresentar proposta de reajuste.
No dia 24, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais expediu uma decisão que declarava ilegal a greve. “No tocante à probabilidade do direito, os autos comprovam, ao menos neste momento processual de cognição sumária, que a deflagração do movimento grevista se deu de forma aparentemente ilícita, já que não informado o percentual mínimo do quantitativo de servidores e quais as atividades seriam mantidas, requisito obrigatório para o exercício de greve em serviço público essencial.”, dizia o documento.