Copasa nega irregularidades no valor das faturas

As possíveis irregularidades podem somar prejuízos para os consumidores em torno de R$ 14,3 milhões

Por Plox

12/02/2021 14h47 - Atualizado há quase 4 anos

Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (12), a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) negou que houve irregularidades nas cobranças de contas de água. A diretora de relacionamento da empresa, Cristiane Schwanka, explicou que parte dos consumidores atingidos já pode ter sido ressarcida automaticamente. 

Em tempo de pandemia, o leiturista não pode entrar nas residências para verificar o hidrômetro, com isso, a Copasa usa a média de consumo dos últimos 12 meses anteriores para o cálculo da fatura. 

"Quando a Copasa verifica no mês seguinte (ao calculado pela média) que o cliente consumiu mais ou menos que o lançado no sistema, a Copasa faz o refaturamento. É um sistema que independe da ação do cliente", explicou Cristiane. 

A Copasa informou também que irá encaminhar os números das faturas contestadas para a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário (Arsae-MG) para prestar esclarecimento. 

Segundo a concessionária, em 2020, 614 mil clientes foram refaturados, o que corresponde a um valor creditado em mais de R$ 12 milhões. Em janeiro deste ano, o número de foi de 57 mil consumidores, chegando a um total de R$ 1,2 milhão em ressarcimentos. A Copasa possui 8 milhões de clientes. 

"A Copasa atua de forma transparente e de forma relacional com seu cliente ouvindo sempre que necessário. A Copasa atua dentro dos padrões. Não há que se falar no primeiro momento que um total de 500 mil faturas teriam sido faturadas de forma incorreta", afirmou a diretora. 

"Eles têm o prazo para defesa. Eles têm que comprovar isso. Não há essa identificação, mas o processo existe exatamente para a Copasa apresentar qualquer tipo de alegação, erro no relatório, que já pagou alguma coisa. A Copasa já foi notificada para que apresente a sua defesa", informou Claret Júnior, presidente da Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG). 

A Arsae-MG abriu um procedimento administrativo na quarta-feira (10) para investigar as possíveis irregularidades.  A inconsistência foi identificada em contas de  419.983 usuários, com possível necessidade de retificação de até 559.847 contas.

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