Avenida de Ipatinga pode mudar o nome para ‘Prefeito Chico Ferramenta’; entenda
O Projeto de Lei para homenagear o ex-político foi apresentado pelo vereador Daniel do Bem
Por Matheus Valadares
12/07/2023 18h38 - Atualizado há quase 2 anos
O vereador Daniel do Bem (PSD) protocolou junto a Câmara de Vereadores de Ipatinga o Projeto de Lei (PL) 186/2023, que propõe a alteração do nome da avenida Gerasa para Prefeito Chico Ferramenta, em homenagem ao ex-político.
O parlamentar defende que a homenagem ao ex-prefeito, morto no dia 4 de julho, é justa, em razão dos relevantes serviços prestados por Francisco Carlos Delfino, mais conhecido como Chico Ferramenta, como líder político e sindical.

“Chico foi prefeito por três mandatos, foi o segundo deputado estadual mais votado de Minas Gerais, no ano de 1986. Foi também eleito deputado federal e um grande incentivador para que inúmeras instituições se fundassem no município”. Argumentou.
“Ele fez grandes obras em Ipatinga, inclusive a elaboração do projeto e execução da obra da avenida Gerasa. Portanto, a proposta tem o objetivo principal de manter viva na memória da nossa cidade toda a história e trajetória de Francisco Carlos Delfino”. Concluiu o vereador.
O projeto passará pelas comissões da Casa, quando será avaliado e, caso seja validado, apreciado em plenário. Para que se torne lei, a matéria precisa da sanção do prefeito Gustavo Nunes.
Histórico Político de Chico
Chico Ferramenta iniciou sua carreira política no começo dos anos 1980 como parte do movimento sindical dos metalúrgicos em Ipatinga. Ele trabalhou na Usiminas e liderou várias ações dos metalúrgicos em busca de melhores condições laborais.

Em 1986, Chico Ferramenta foi eleito o deputado estadual mais votado em Minas Gerais pelo PT. Ele também exerceu o cargo de prefeito de Ipatinga em três mandatos: 1989-1992, 1997-2000 e 2001-2004. Posteriormente, foi eleito deputado federal em 1994.
Em 2008, Ferramenta venceu a eleição para seu quarto mandato como prefeito, derrotando Sebastião Quintão (à época no PMDB). No entanto, devido à impugnação de sua candidatura, ele não pôde assumir o cargo. A Justiça Eleitoral determinou a posse do segundo colocado, Sebastião Quintão, que acabou cassado por abuso de poder político e econômico. Em consequência, o presidente da Câmara, Robson Gomes, assumiu o cargo e posteriormente foi eleito em uma eleição suplementar.