Minas recebeu mais de 2,6 mil denúncias de fraudes na vacinação
Entre as situações, há tentativas de revacinação e de "fura-filas"
Por Plox
15/07/2021 13h06 - Atualizado há mais de 3 anos
A Ouvidoria-Geral do Estado informou, nesta quinta-feira (15), que já registrou 2.682 denúncias de suspeita de revacinação ("terceira" dose) e de "fura-filas" na campanha contra a covid-19 em Minas. Entre os casos, está o de um casal de empresários de Belo Horizonte, que teria tomado duas doses do imunizante.
De acordo com o órgão, quase 2 mil pessoas foram denunciadas por tentarem burlar o sistema para furar a fila de vacinação, mesmo sem estarem em grupos de risco ou na faixa etária que é estipulada pelo Ministério da Saúde.
O cidadão pode denunciar casos diretamente na Ouvidoria-Geral do Estado (clique aqui), que avalia as reclamações e, em seguida, são enviadas para os órgãos competentes de cada uma delas. Depois disso, eles podem ser encaminhados para comissões de ética ou para o próprio Ministério Público.
Casos em Minas
Entre os casos, há um casal de empresários que é suspeito de ter tomado três doses de vacina contra a covid-19. Os idosos estão sendo processados pelo Ministério Público, que pede indenização de R$ 2 milhões. O caso veio à tona após uma denúncia anônima.
De acordo com o órgão, Terezinha Geo Rodrigues, de 67 anos, dona de uma joalheria de Belo Horizonte, e o marido dela, o empresário do ramo de engenharia Jacques Rodrigues, de 72 anos, teriam conseguido duas doses de CoronaVac na capital e uma terceira dose de Pfizer em Rio Novo, na Zona da Mata mineira, onde eles têm uma fazenda.
Além disso, outra ação do Ministério Público acusa o casal de estelionato, ou seja, no âmbito criminal. O casal não se posicionou sobre o assunto.
Já em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o secretário de Saúde da cidade, Weslei Ramos, explicou que o município, por estar com imunização adiantada (vacinando nesta semana pessoas com 25 anos) já recebeu mais de 700 tentativas de imunização de pessoas que não moram na cidade.
Para tanto, esses cidadãos apresentam comprovantes de residência comprados ou emprestados de parentes e amigos. Segundo ele, para evitar imunizar quem não mora em Confins, a prefeitura precisou solicitar ao interessado, além do comprovante de residência, a confirmação do Cartão do Sistema Único de Saúde - cadastro oficial que informa, entre outras coisas, onde a pessoa efetivamente mora, independentemente se ela tem plano de saúde ou usa a rede pública.