Dia do Comerciante: pandemia trouxe necessidade de adaptação no comércio

O Dia do Comerciante é comemorado hoje e foi instituído pela Lei n° 2048, de 1953. A data foi uma homenagem ao nascimento do economista e político José Maria da Silva Lisboa, que foi considerado patrono do comércio no Brasil. 

José Lisboa, o Visconde de Cairu, foi responsável por aconselhar o rei português D. João VI a assinar a Carta Régia, em 1808, fazendo com que os portos brasileiros fossem abertos ao comércio exterior.

Atualmente, desde a chegada da pandemia, principalmente os pequenos comerciantes foram atingidos com a crise que tomou conta da economia brasileira. Por diversas vezes aqueles estabelecimentos considerados não essenciais tiveram que fechar as portas e demitir funcionários, por medida de segurança para conter o vírus. 

De acordo com um levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizado com base em números da Organização Mundial do Comércio (OMC), a pandemia de covid-19 causou impacto no comércio brasileiro com outros países acima da média mundial. Isso porque, em 2020, a soma de importações e exportações recuou 8,2%

Em Minas Gerais, segundo um levantamento divulgado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG), 81,4% dos empresários do comércio afirmam ter acumulado prejuízos. 

Muitas pessoas perderam o emprego, segundo a pesquisa, a redução no quadro de funcionários foi de 14,8%. Além disso, o acúmulo de estoque chegou a 11,1% no estado. 

Além disso, o estudo divulgado pela Federação mostra que 52,3% dos empresários do comércio mineiro precisaram, ou ainda precisam, manter as portas dos seus respectivos estabelecimentos fechadas, por conta dos reflexos da pandemia. 

Os comerciantes entrevistados contaram que estão diminuindo o estoque (33,6%) e negociando os contratos de aluguel e prestação de serviços (28,2%) para tentar se recuperar dos impactos causados pela pandemia. 

Como se adaptar ao momento? 

No Vale do Aço, o comércio em Coronel Fabriciano é o carro-chefe para geração de emprego e renda na cidade. A Associação Comercial, Industrial e de Prestação de Serviços de Coronel Fabriciano (Acicel/CDL) dá cinco dicas de como transformar o momento de crise em oportunidade. 

• Seja parceiro de seu funcionário, mantendo-o atualizado sobre seu negócio, informando-o sobre suas estratégias para esse período, novas formas de trabalho e atendimento, horários, protocolos de segurança, entre outras.
• Procure ficar mais próximo de seu cliente, revendo sua forma de entregar um produto ou realizar um serviço, de forma que agregue mais valor, por exemplo: envie ofertas via celular, ofereça serviços na casa do cliente, etc.
• Conquiste o cliente mostrando que se preocupa com seu bem-estar. Você pode deixar claro que está seguindo todos os protocolos de saúde e segurança, enviando uma mensagem que conte a eles sobre seus cuidados, disponibilizar máscaras e álcool em gel no seu comércio, oferecer a possibilidade de um atendimento exclusivo, caso você ofereça um serviço e muito mais!
• Divulgue seus produtos nos canais on-line, oferecendo ofertas e serviços especiais para quem busca o atendimento digital.
• Seja criativo e adapte-se ao novo momento. Aproveite para rever seu portfólio de produtos e serviços, preste atenção às novas necessidades dos clientes e procure novas oportunidades para inovar em seu negócio.

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Os impactos causados pela pandemia em comércios não essenciais do Vale do Aço

Há mais de um ano da chegada do novo coronavírus, diversos aspectos na vida da população sofreram mudanças. No comércio não foi diferente, a pandemia traz impactos financeiros, principalmente aos pequenos empresários, mas também há relatos de que, no momento de dificuldade, novas formas de se fazer o mesmo trabalho foram descobertas.