Bruce Willis: demência do ator não tem cura, mas já dava sinais, aponta neurocientista

O astro de hollywood foi diagnosticado recentemente com demência frontotemporal

Por Plox

17/02/2023 13h22 - Atualizado há mais de 2 anos

Bruce Willis, um dos maiores astros de Hollywood conhecido por seus papéis em filmes como "Duro de Matar" e "O Sexto Sentido", foi diagnosticado com demência frontotemporal - uma doença degenerativa sem cura que afeta a memória, pensamento e atenção. O ator, que já havia sido afastado temporariamente de sua carreira em 2022 para tratar afasia - uma doença que afeta a compreensão de sons e imagens, comunicação e verbalização - recebeu o novo diagnóstico recentemente.

De acordo com o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, Pós PhD em neurociências e membro da Sigma Xi, sociedade de cientistas mais restrita do mundo, a afasia já era um sinal de que o ator poderia estar passando por algo mais grave. “A afasia progressiva primária é, na verdade, um tipo de demência frontotemporal, formada por alguns distúrbios que afetam os lobos frontais ou temporais do cérebro, o que faz com que seu diagnóstico inicial fosse um sinal de alerta para a presença de condições mais graves visto que a afasia pode ter uma melhora significativa com o tratamento, já a demência frontotemporal é progressiva e não tem cura nem tratamentos que a retardem”.

“A demência frontotemporal geralmente afeta indivíduos entre 45 e 65 anos e apresenta sintomas como alterações de personalidade, dificuldades de comunicação, distração e menor capacidade de reter informações. Em alguns casos, também pode causar rigidez nos movimentos ou perda de controle da bexiga”, explicou o doutor, que ainda explicou que, embora Bruce Willis tenha passado grande parte de sua vida exercitando a neuroplasticidade cerebral através da leitura e memorização de roteiros, existem outros fatores que podem desencadear a demência frontotemporal, como o alcoolismo, com o qual o ator lutou, ou fatores genéticos.

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