Veja o depoimento do homem acusado de matar enfermeira no Vale do Aço

O homem alega que tinha um relacionamento com a vítima e o disparo foi acidental durante uma discussão

Por Plox

21/03/2021 08h52 - Atualizado há cerca de 3 anos

Reginaldo Ferreira de Souza, vulgo “Pau Veio”, de 49 anos, prestou depoimento a polícia na noite desse sábado (20), sobre o crime que é acusado, sequestro seguido de morte, da enfermeira Priscila Cardoso da Silva, de 35 anos. O homem alega que tinha um relacionamento com a vítima e o disparo foi acidental durante uma discussão.

De acordo com o depoimento do acusado, ele teve um relacionamento com a vítima durante quase três meses, mas ele não aceitava o fim do namoro. “ Ela conversou comigo, disse que queria terminar o relacionamento comigo, porque o irmão dela era um policial, ai ele não ia aceitar ela namorar com um ex-presidiário”, disse Reginaldo Ferreira.

Reginaldo ainda alegou que o disparo que matou Priscila Cardoso com um tiro na cabeça, foi acidental, durante uma discussão. “Eu discutindo com ela, ai ela pegou na minha mão e falou comigo que eu não tinha coragem de matar ela. Ai ela pegou minhas duas mãos e bateu na testa dela com o revólver, o revólver pegou e disparou na testa dela”, declarou o acusado.

Amigos e conhecidos de Priscila Cardoso divulgaram uma nota de repúdio contra as declarações do advogado, Rodrigo Márcio do Carmo, do acusado, que confirma a versão contada por seu cliente em depoimento. Veja abaixo a nota na íntegra:

 

Nota de repúdio

Amigos e conhecidos de Priscila Cardoso vêm a público demonstrar todo repúdio contra as palavras referidas no depoimento do advogado Rodrigo Márcio do Carmo. 
Tal depoimento traz informações improcedentes denegrindo a imagem de Priscila. Priscila era íntegra, não tinha relacionamento afetivo com ninguém e possuía qualidades suficientes para discernir pessoas de caráter em seu convívio. 
Exigimos seriedade com o caso e esperamos que as autoridades judiciais não considerem como válidas as barbaridades que possam emergir para diminuir ou desqualificar a imagem de Priscila.

Entenda o caso:

Na última segunda-feira (15), a enfermeira foi sequestrada na saída do trabalho, na Unidade de Saúde do Cidade Nova, em Santana do Paraíso, no Vale do Aço, e, após o sequestro, a busca para se saber o paradeiro da enfermeira começou.

Um corpo foi encontrado em uma praia da Bahia e circulou o boato de que seria de Priscila, diante do fato de o carro dela ter sido encontrado em um “desmanche”, na cidade de Teixeira de Freitas, no estado baiano.

Foto: reprodução

 

Em grupos de WhatsApp, na manhã desse sábado (20), circulavam informações de que Reginaldo teria confessado ter matado Priscila e que o Corpo teria sido “desovado” na região de Ipaba, município que faz parte do Colar Metropolitano do Vale do Aço.

A prisão de Reginaldo envolveu a Polícia Militar e a Polícia Civil de Minas Gerais, da Bahia e do Espírito Santo. Segundo a PM, a casa onde Reginaldo estava, na avenida Águas Marinhas, no bairro Santa Mônica, em Guarapari, vinha sendo monitorada há cerca de três dias. Com ele não foi encontrada nenhuma arma no momento da abordagem.

Ainda de acordo com as informações, ele não resistiu a prisão. A Polícia Civil do Vale do Aço teria sido acionada e uma equipe teria se deslocado para fazer o translado do acusado para a Santana do Paraíso, onde se iniciaram as investigações.

Foto: reprodução

 

Prefeito decretou luto

 

O prefeito de Santana do Paraíso-MG, delegado Bruno Morato (Avante), decretou três dias de luto oficial no município pela morte da enfermeira Priscila. O chefe do executivo também chegou a fazer uma publicação em sua conta numa rede social, na qual se solidariza com familiares, amigos e colegas de trabalho da vítima.

 

Veja a nota divulgada:

A Administração Municipal de Santana do Paraíso vem a público manifestar profundo pesar pelo trágico crime do qual foi vítima a enfermeira Priscila Cardoso da Silva. A notícia da morte da nossa querida Priscila é uma dor irreparável para todos nós. A Administração Municipal, na pessoa do prefeito Bruno Morato, desde o início acompanhou o trabalho das autoridades policiais, reforçando o empenho para que o crime fosse elucidado. Nas suas redes sociais, Bruno Morato se pronunciou e anunciou que o Município de Santana do Paraíso decretou luto oficial de três dias, a partir deste sábado (20/03). O prefeito também destacou que, neste momento de profunda dor, ele é “solidário aos familiares, amigos e colegas de trabalho da nossa querida enfermeira Priscila, tão querida em nossa cidade”. Bruno Morato destacou que espera que a Justiça seja feita e que o homem que tirou a vida de Priscila seja punido com todo o rigor da Lei. Por fim, o prefeito agradeceu aos policiais de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia que não mediram esforços para elucidar o caso e deixou claro que, em Santana do Paraíso, o crime não compensa.

 

 

 

 


 

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