Minas Gerais: morre criança que ficou presa em vala por mais de 15 horas

Morreu o menino de 8 anos que caiu em uma vala, de aproximadamente seis metros de profundidade de 30 cm de diâmetro. Ele chegou a ser socorrido com vida, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. O garoto caiu na vala nesse domingo (21) e foi resgatado na manhã de hoje (22).

O terreno fica na esquina entre as ruas Adebrão Gomes Branquinho e Gabriel Resende Silva, no bairro Alvorada em Carmo do Paranaíba, Minas Gerais. A chamada ocorreu ontem, por volta das 17h.

Segundo o Corpo de Bombeiros, após ser resgatado, por volta de 09h45, o garoto se encontrava com rebaixamento do nível de consciência e, no momento do socorro, apresentava parada cardiorrespiratória.

Imediatamente ele foi entregue a uma ambulância municipal, que se encontrava em apoio à operação, e foi levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) porém, não resistiu e morreu. Em um vídeo, divulgado pelo corpo de bombeiros, Thiago Lacerda Duarte, Tenente-coronel, comandante do 12º Batalhão de Patos de Minas, fala da situação.

Em novas informações divulgadas pelos militares, testemunhas relataram que o menino estava brincando antes da queda na vala, de aproximadamente seis metros, e não oito metros, como informado anteriormente pelos socorristas.

A princípio, o terreno não estaria cercado e sinalizado. O local é uma área de aterro com solo instável, o que dificultou os trabalhos, já que a cada movimento, era necessário realizar escoramento, para evitar desmoronamento.

Conforme os militares, em informações divulgadas por volta das 7h30 de hoje, o garoto estava responsivo e não relatou lesão grave. Foram mais de 17 horas de trabalho dos socorristas. Já são mais de 12 horas de trabalho dos militares, mantendo, o tempo todo, contato com a criança, que está resiliente.

De acordo com os socorristas, o trabalho era meticuloso pelo risco de desabamento. Foram feitas algumas tentativas seguras de içamento, porém, sem êxito. Para segurança da criança, uma espécie de “tubulação” foi inserida na vala.

Os militares executaram uma estratégia de acesso lateral, com uma escavação técnica e manual ao lado de um buraco. Mesmo com todos os trabalhos, o menino não resistiu.