Minas Gerais: corpo de menino que morreu após cair em vala profunda será sepultado hoje (23)

Será sepultado nesta terça-feira (23), Pedro Augusto Ferreira Alves, de 8 anos, que morreu após cair em uma vala profunda e ficar preso por mais de 18 horas no local. O caso aconteceu em Carmo do Paranaíba, Minas Gerais, mesma cidade onde ocorrerá o sepultamento.

De acordo com informações do portal g1, a família informou que o velório foi marcado para às 8h de hoje, e o sepultamento às 10h. O corpo do menino foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Patos de Minas, após ter a morte constatada, e liberado na noite de ontem.

O acidente

Pedro Augusto morreu após cair em uma vala de aproximadamente seis metros de profundidade e 30 cm de diâmetro. O acidente ocorreu na tarde de domingo (21), por volta das 15h, e ele foi socorrido por volta das 9h45 dessa segunda-feira (22).

Ele chegou a ser socorrido com vida, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. O terreno onde o acidente ocorreu fica na esquina entre as ruas Adebrão Gomes Branquinho e Gabriel Resende Silva, no bairro Alvorada.

Segundo o Corpo de Bombeiros, após ser resgatado, Pedro Augusto se encontrava com rebaixamento do nível de consciência e, no momento do socorro, sofreu uma parada cardiorrespiratória. Imediatamente ele foi entregue a uma ambulância municipal, que se encontrava em apoio à operação, e foi levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) porém, não resistiu e morreu.

Em um vídeo, divulgado pelo corpo de bombeiros, Thiago Lacerda Duarte, Tenente-coronel, comandante do 12º Batalhão de Patos de Minas, fala da situação.

Testemunhas relataram aos militares que o menino estava brincando antes da queda na vala, com uma prima. A princípio, o terreno não estaria cercado e sinalizado, o que mobilizou a Polícia Civil. Um inquérito foi aberto para apurar a situação do terreno e dos envolvidos na obra.

Conforme divulgado pelo Corpo de Bombeiros ontem, o local é uma área de aterro com solo instável, o que dificultou os trabalhos, já que a cada movimento, era necessário realizar escoramento, para evitar desmoronamento.

O trabalho era meticuloso pelo risco de desabamento. Foram feitas algumas tentativas seguras de içamento da criança, porém, sem êxito. Para segurança da criança, uma espécie de “tubulação” foi inserida na vala.

Os militares executaram uma estratégia de acesso lateral, com uma escavação técnica e manual ao lado de um buraco. Mesmo com todos os trabalhos, o menino não resistiu.