Vale do Aço: lojistas sem autorização para abrir estão à beira da falência, diz Sindcomércio 

Academias e empresas instaladas no Shopping clamam pelo funcionamento imediato de seus estabelecimentos para que não sejam obrigados a fechar as portas

Por Plox

24/04/2020 16h39 - Atualizado há cerca de 5 anos

Por conta da não autorização de diversas atividades econômicas durante o período da pandemia de coronavírus, muitos empresários estão a beira da falência. A informação é do Sindcomércio do Vale do Aço.

De acordo com a entidade, empresários das três principais cidades da região que ainda não têm autorização para abrir seus estabelecimentos – em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) – estão indignados por terem sido “esquecidos” pelo Poder Público. Impedidos de trabalhar, já não veem outra saída que não seja fechar as portas. Alguns deles, sobretudo os instalados no Shopping Vale do Aço e os proprietários de academias, procuraram o Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços (Sindcomércio) do Vale do Aço para externar suas queixas. 

Breno Denubila é proprietário de uma academia no bairro Cidade Nobre, em Ipatinga. Ele citou o recente fechamento do restaurante Dom The Place, no Horto, para ilustrar que a situação está cada vez mais grave. “Nós, donos de academia, já fazemos, independentemente do coronavírus, a higienização adequada de nossos estabelecimentos com álcool e demais produtos de limpeza, sempre seguindo as exigências da Vigilância Sanitária. Então, trata-se de um ambiente que está preparado para este tipo de situação. Não há justificativa para que continuemos fechados”, pontua.

Fabriciano e Timóteo 

Flávio Almeida dos Santos trabalha com educação física no Vale do Aço desde 1995. Atualmente, é dono de uma academia no Centro de Timóteo. “Estamos tentando demonstrar ao prefeito que existem manejos técnicos para promover a continuidade dos treinos sem o risco de contágio. Professores, proprietários e o restante das pessoas que trabalham no nosso setor estão cientes do atual momento e são unânimes em afirmar que há, sim, maneiras de trabalhar com segurança”, explica Flávio.

 

Flávio---Academia-em-Timóteo---Foto-Emmanuel-FrancoFlavio Almeida. Foto: Emmanuel Franco/Sindcomércio
 

Situação no Shopping 

Jair Vieira Zanela é sócio de uma loja de roupas infantis e artigos íntimos no Shopping Vale do Aço. Estar de portas fechadas, conforme ele, não só compromete o futuro de seu estabelecimento como também de todos os outros instalados no centro de compras. “O Shopping, há alguns anos, têm enfrentado crises graves e, após a expansão, em momento algum a Administração conseguiu ocupar 100% dos espaços disponíveis. Se continuar impedido de abrir as portas, certamente outras lojas fecharão e a situação tende a piorar muito para todos, com mais lojas fechadas do que abertas em todo o mall”, analisa Jair. 

 

Jair-Vieira-Zanela---Foto-Emmanuel-Franco-(2)Jair Zanela. Foto: Emmanuel Franco/Sindcomércio

 

Por sua vez, José Maria Facundes, presidente do Sindcomércio, ressalta que não existe razão para o centro de compras continuar fechado, uma vez que pode funcionar observando as recomendações da Organização Mundial de Saúde. “Há 19 shoppings abertos no país, inclusive o de Governador Valadares, que estruturalmente é parecido com o nosso. Gera em nós muita revolta essa má vontade das autoridades em não reabrir o Shopping Vale do Aço, comprometendo gravemente a operação do principal centro de compras do leste de Minas”, comenta. 

 

José-Maria-Facundes-sindcomercioJosé Maria Facundes. Foto: Emmanuel Franco/Sindcomércio
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