Roberto Jefferson é preso no Rio; Bolsonaro critica campanha petista e Lula cumpre agenda em SP

O primeiro “Politicando” da semana que antecede as eleições repercute a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson e as agendas dos dois presidenciáveis

Por Plox

24/10/2022 16h06 - Atualizado há mais de 2 anos

No início da tarde desse domingo (23), o ex-deputado Roberto Jefferson reagiu contra um mandado de prisão determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e atirou contra agentes da Polícia Federal que foram a sua casa, na cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio de Janeiro.

 

O ex-deputado cumpre prisão domiciliar por suspeita de participar de uma organização criminosa que teria agido para atentar contra o Estado Democrático de Direito. Uma das determinações durante o período de prisão domiciliar é não participar de redes sociais. No entanto, recentemente ele aparece em um vídeo onde ofende a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), com palavras de baixo calão.

 

Na madrugada desta segunda-feira (24), o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) chegou ao presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Jefferson chegou ao presídio cerca de 14 após atirar em  policiais federais.

Audiência de custódia do ex-deputado aconteceu na tarde desta segunda-feira (24). Foto: reprodução/ Rede Globo.

Bolsonaro

O presidente e candidato à reeleição, Jair Messias Bolsonaro (PL) cumpriu agenda na capital brasileira nesta segunda-feira (24). Bolsonaro foi flagrado almoçando em um restaurante popular. Na saída do local, o presidente falou brevemente com a imprensa e criticou a campanha do PT.

“Falta hombridade e caráter para enfrentar e discutir assuntos. Fica mentindo no horário eleitoral o tempo todo, falando de ‘Bolsolão’, nós sabemos que o PT apoiou o orçamento secreto, ou seja, talvez, a campanha mais baixa da história que eu tenha visto". Disse o presidente.

Já no início da tarde, Bolsonaro e sua equipe seguiu para Samambaia, uma cidade satélite de Brasília, que fica na divisa com Goiás. Lá o chefe do executivo brasileiro visitou um acampamento chamado “Nova Jerusalém”, que antigamente se chamava “Che Guevara”.

Ao lado da líder do acampamento, Petra Magalhães, Bolsonaro discursou para apoiadores e para a imprensa. Foto: Brenda Colen/Plox.

 

Durante a ida a Samambaia, Bolsonaro subiu em trio elétrico e visitou uma casa. Lá, o presidente também criticou o PT e os partidos de esquerda. “Essa turma da esquerda (PT, PCdoB, Psol) não querem, não admitem a propriedade privada. Deixo claro, história, por ocasião da Constituinte: Lula tinha duas coisas pra não assinar a Constituinte: uma que ele queria que os militares perdessem poder e outra coisa importante, ele não admitia a propriedade privada como foi colocada na Constituição. A esquerda sempre relativizou a propriedade privada. Pode ver, o PT não apresentou programa de governo, porque uma das suas propostas é a questão do não direito à herança. A pessoa morre e não fica com os filhos, fica com o Estado a sua propriedade”. Afirmou Bolsonaro.

Lula

Agricultura familiar e regularização fundiária também foram pauta do Lula (PT). Durante coletiva à imprensa, o petista disse que “ quem produz 70% dos alimentos que vai na mesa da sociedade brasileira, são de propriedades de até 100 hectares, e a grande maioria da agricultura familiar. Então nós temos que incentivar colocar mais dinheiro para crédito, colocar mais dinheiro no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

Outro assunto abordado pelo ex-presidente foi a ação de Roberto Jefferson contra a Polícia Federal. Lula associou a atitude do ex-deputado federal com o governo de Jair Bolsonaro. “O Roberto Jefferson é praticamente uma fotografia do que acontece no governo Bolsonaro. Ele é resultado de tudo que era plantado neste país, de um momento de muita mentira no Brasil. O comportamento dele não é um comportamento de um cidadão normal.

Lula também fez questão de lembrar um o Padre Kelmon (PTB), ex-candidato à presidência era originalmente vice de Roberto Jefferson, antes do político se tornar inelegível. Padre Kelmon foi apontado como um cabo eleitoral de Bolsonaro durantes os debates promovidos pelo SBT e pela Rede Globo.

“Ele disse que não conhecia o Roberto Jefferson, quando nós sabemos que o padre foi levado como laranja”, disse o ex-presidente.



 

 


 

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