Zema acusa oposição por colocar em risco salários e ajustes fiscais

No discurso proferido em Araxá nesta sexta-feira (30/6), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), acusou a oposição de irresponsabilidade e sabotagem à economia do estado. Ele alegou que a conduta da oposição tem como objetivo "continuar a destruição" de Minas Gerais, algo que, segundo ele, teve início no governo anterior ao seu. Nesse contexto, Zema expressou sua perplexidade, afirmando ter "ficado assustado" com a postura da oposição.

Zema enfatizou a seriedade da situação, referindo-se à oposição como uma "minoria totalmente irresponsável". Ele mencionou que, caso ocorram atrasos salariais e a ausência de reajustes, a responsabilidade recairá sobre a oposição.

Impasse na ALMG impede votação de ajuste fiscal e reajuste salarial

A fala do governador veio em resposta à não votação, na última quinta-feira (29/6), da proposta de lei nº 767/23 na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Esse projeto, se aprovado, autorizaria o estado a participar do Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal (PAF). Sem essa aprovação, o governo mineiro será obrigado a pagar imediatamente e sem descontos uma quantia de R$ 15 bilhões para saldar parcelas de dívidas do estado com a União que já venceram.

A votação desse projeto foi impedida pela oposição, que questionou a ausência de acordo sobre o projeto de lei nº 822/2023. Este segundo projeto, se aprovado, garantiria um reajuste para os trabalhadores da educação. De acordo com a oposição, o projeto de reajuste deveria ter sido analisado antes do ingresso ao PAF. No entanto, o impasse gerado pela falta de acordo levou ao encerramento da sessão plenária sem a votação de nenhum dos dois projetos, um pedido feito pela base governista.

Zema concluiu, relembrando que o PAF já havia sido aprovado no governo anterior, sob a liderança do ex-governador Fernando Pimentel. Segundo o atual governador, a postura da oposição é "destrutiva" e representa "total irresponsabilidade" com o povo mineiro. Caso essa postura prevaleça, Zema alertou que isso resultará em salários atrasados e na ausência de reajustes para qualquer categoria. O governador apelou para uma reconsideração dessas ações, caracterizando-as como "irresponsáveis e impensadas".