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Educação
Comissão propõe que recurso do acordo de Mariana custeie implantação de universidade federal no Vale do Aço
A presidente da comissão, a deputada Beatriz Cerqueira (PT), busca junto ao deputado federal Rogério Correia (PT-MG), uma reunião com o ministro da Educação, Camilo Santana, em Brasília (DF), com representantes da RMVA
A região detém o quarto Produto Interno Bruto (PIB) regional do Estado, no entanto, não tem investimento na educação superior que corresponde com o tamanho da região. A luta por uma universidade federal que atenda a região é de longa data. Durante o debate de ontem, uma das propostas levantadas é a utilização de parte dos recursos do acordo para reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (Central).
Estudantes de escolas públicas de Ipatinga compareceram à audiência pública. Foto: Daniel Protzner/ALMG/Divulgação.
A presidente da comissão, a deputada Beatriz Cerqueira (PT), busca junto ao deputado federal Rogério Correia (PT-MG), uma reunião com o ministro da Educação, Camilo Santana, em Brasília (DF), com representantes da RMVA, para que essa pauta possa ser debatida com o governo federal.
Os representantes da Superintendência Regional de Ensino de Coronel Fabriciano, do Instituto Federal de Educação de Ipatinga, do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) na região, do Movimento dos Atingidos por Barragens, entre outros estiveram no evento.
Alex Fernandes, diretor-geral do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais - Campus Ipatinga, defendeu que os estudantes e toda a população do Vale do Aço merecem um tratamento melhor. Ele acredita que a implementação de uma universidade federal na região vai ajudar a reduzir a dívida histórica com a região, que tem a menor oferta de ensino público federal entre as regiões mineiras.
Ele divulgou que, enquanto nas regiões mais desenvolvidas do Estado, há 800 habitantes para cada professor, no Vale do Aço, esse número é de 11 mil. São 400 alunos estudando no Instituto federal de Ipatinga e 800, no Cefet de Timóteo, numa região que tem 2 milhões de habitantes (a terceira maior de Minas). Por isso, ele também defende investimentos nos institutos técnicos. Nesse sentido, o vereador de Timóteo Fernando Amaral propôs a criação, no Cefet local, de novos cursos superiores.
Apesar de ter o quarto maior PIB regional, o Vale do Aço tem maior população em situação de pobreza do interior, o que leva milhares de jovens a tentar a sorte em outros países. Para reverter tal quadro, o professor defende investimento maciço em educação.
PPA Participativo Ninguém melhor que a sociedade para identificar as próprias necessidades e indicar quais políticas públicas e ações governamentais devem ser priorizadas. Partindo dessa premissa, o governo federal abriu, no âmbito do Plano Plurianual (PPA) – o principal instrumento de planejamento orçamentário de médio prazo do Executivo –, alguns canais de consulta pública, na busca por sugestões da sociedade civil e dos cidadãos.
Na etapa inicial de consultas participativas (sobre dimensão estratégica, visão de futuro, valores, diretrizes e eixos temáticos), cerca de 3,2 mil representantes da sociedade civil e de diversos conselhos – ligados a todos os ministérios e entidades vinculadas – organizaram fóruns que, em meio a 120 oficinas temáticas, desenharam os 88 programas que existem no âmbito do PPA.
Na sequência, iniciou-se a segunda forma de consulta, que abrange plenárias nas 27 unidades federativas. A primeira delas, em 11 de maio, foi na Bahia. A última será em 10 de julho, em São Paulo. Nelas, são apresentados os programas; a dimensão estratégica; e a plataforma digital Brasil Participativo.