Secretaria de Saúde confirma dois casos de Febre Oropouche em grávidas no Vale do Aço

Minas Gerais tem 191 casos confirmados de febre oropouche atualmente, sendo 188 deles em pacientes residentes na URS Coronel Fabriciano; Joanésia é atualmente o município mais afetado, liderando os números com 44 novos casos confirmados

Por Plox

14/08/2024 18h56 - Atualizado há 2 meses

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou ao Plox, nesta quarta-feira (14), que o estado registrou dois casos confirmados de febre oropouche em gestantes, ambos no mês de abril. As grávidas moram em cidades da Unidade Regional de Saúde (URS) de Coronel Fabriciano. Veja os detalhes na Live.

 

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, as crianças nasceram bem, assintomáticas e mantêm acompanhamento ambulatorial com a equipe de saúde local. A Secretaria ressalta que, até o momento, não foi registrado nenhum caso de microcefalia associado à transmissão vertical da febre oropouche em Minas Gerais.

 

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Minas Gerais tem 191 casos confirmados de febre oropouche atualmente, sendo 188 deles em pacientes residentes na URS Coronel Fabriciano. Joanésia é atualmente o município mais afetado, liderando os números com 44 novos casos confirmados. Em seguida, Coronel Fabriciano, com 30, e Timóteo, com 15. Minas Gerais registra um aumento de quase 30% nas notificações da doença.

Foto: Conselho Federal de Farmácia / Divulgação

 

A SES-MG informa ainda que na segunda-feira (12), foi publicada nota técnica que estabelece fluxo para a vigilância laboratorial de gestantes com suspeita de arbovirose no estado de Minas Gerais. A nota foi elaborada pela Coordenação Estadual de Laboratórios de Saúde Pública (Celp), em parceria com o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs– Minas), a Coordenação Estadual de Vigilância das Arboviroses e Controle Vetorial (Cevarb) e o Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais – Fundação Ezequiel Dias (Lacen-MG/Funed).

A ação tem como objetivo monitorar e identificar prontamente fetos e recém-nascidos em risco de transmissão vertical de arboviroses, incluindo a febre oropouche.


 

Ministério da Saúde investiga oito casos de transmissão vertical de Oropouche

O Ministério da Saúde investiga pelo menos oito casos de transmissão vertical da febre do Oropouche. Nesses casos, a infecção é passada da mãe para o bebê, durante a gestação ou mesmo no parto.

Os casos em investigação foram registrados em Pernambuco, na Bahia e no Acre. Segundo a pasta, metade dos bebês nasceu com anomalias congênitas, como microcefalia, enquanto a outra metade morreu. Assim como o Zika, o Oropouche pode atravessar a placenta e afetar o bebê, resultando em sérias complicações, especialmente no primeiro trimestre da gestação.

 

A doença

A febre do Oropouche é uma doença transmitida pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Por conta da predileção do mosquito por materiais orgânicos, a recomendação é que a população mantenha quintais limpos, evitando o acúmulo de folhas e lixo orgânico doméstico, além de usar de roupas compridas e sapatos fechados em locais com muitos insetos.

 

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