Ex-vereador que matou prefeito de Naque é condenado a mais de 17 anos em regime fechado

Sessão que condenou Marquinhos do Depósito durou mais de 10 horas nessa terça-feira (26)

Por Plox

27/10/2021 09h24 - Atualizado há cerca de 3 anos

O ex-vereador de Naque-MG, Marcos Alves de Lima, conhecido como Marquinhos do Depósito, de 58 anos, foi julgado em uma sessão de cerca de 10 horas no Tribunal do Júri em Ipatinga, nessa terça-feira (26). Ele foi condenado pela morte do prefeito Hélio da Fazendinha de 55 anos e foi sentenciado a 17 anos e seis meses de reclusão. O crime ocorreu no dia 13 de julho de 2019.

Segundo o promotor de justiça Jonas Monteiro, o Ministério Público deverá entrar com recurso para que a pena seja aumentada. “A nossa preocupação era que esse crime tivesse uma resposta dentro do que a lei permite. A justiça foi realizada. Mais um caso emblemático foi resolvido, afastando a impunidade.”, afirmou o promotor.

Marcos Alves de Lima. Foto: divulgação/ Polícia Civil

 

O crime

 

Após o crime, Marcos fugiu do local e foi detido em Governador Valadares-MG.  Na época, o ex-vereador disse que agiu em legítima defesa, pois teria sido agredido por Hélio com uma “taca de animal”.

Ele chegou a ser liberado da prisão no dia posterior ao crime, mas foi preso novamente no dia 16 de julho, na cidade de Vitória, no Espírito Santo, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) de Ipatinga. Para fugir, o ex-vereador teria pintado os cabelos e até realizado bronzeamento artificial. 

Foto: Marcelo Augusto/ Plox

 

No dia 2 de agosto, em entrevista coletiva, foi relatada a conclusão do inquérito. Para o delegado responsável pelo caso, o prefeito foi morto defendendo o patrimônio público do município.

A reconstituição do crime foi feita pela Polícia Civil no dia 23 de julho. A PC informou, por meio do delegado João Luiz Martins, que após os trabalhos de apuração ficou constatado que o parlamentar teria sido o agente provocador do crime. 

Neste ano, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizou Ação Civil Pública (ACP) por ato de improbidade administrativa contra o vereador. Segundo o MPMG, além de cometer o crime, Marcos também violou alguns dos princípios da Administração Pública como legalidade, moralidade e impessoalidade.

Foto: Enviada ao Plox

 

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